Olho nela! Marina Nery fez debut na televisão em “Velho Chico”, mas já tem longa carreira no meio fashion: “Nunca tive pretensão de ser atriz”


A top já trabalhou para marcas como Prada, Dolce & Gabbana, Miu Miu, Dior e muitas outras, mas viu na novela a oportunidade de ficar mais tempo no Brasil. “Estou feliz por poder falar do meu povo”

Sao Paulo, Brasil - 18/03/2013 - Marina Albino no backstage do desfile de Cori durante o SPFW - Verao 2014. Foto : Andre Conti/ FOTOSITE

Marina Nery é um rosto conhecido no mundo da moda e já estrelou campanhas de marcas de luxo (Foto: Andre Conti)

Guarde esse nome: Marina Nery. Depois de uma semana intensa vivendo Leonor na novela “Velho Chico”, que estreou na última segunda-feira, 14, e tendo uma cena de sexo com o personagem de Rodrigo Santoro no capítulo de sexta-feira, ela tem chamado atenção dos críticos e do público. Apesar de estreante, Marina já é conhecida por aí pelos fashionistas e antenados no meio da moda. É que ela é modelo e já foi rosto mundial da Miu Miu e da Sephora, além de ter trabalhado para marcas como Prada, Dolce & Gabbana, Dior e outras. Com um currículo desses, ela, agora, encara um desafio totalmente novo e confessou: ficou apreensiva. “Foi um convite totalmente repentino, o Luiz Fernando Carvalho, diretor, me conheceu através de uma campanha de cabelo e me ligou dizendo que eu tinha os olhos da personagem. A princípio eu fiquei tensa, porque eu nunca tive pretensão de ser atriz. Eu sabia que existiam algumas novelas que tinham o mundo da moda como base e eu não queria ser só modelo na ficção. Mas a personagem é completamente diferente, fora da minha realidade”, contou.

E o que é mais difícil para uma estreante, Marina? “Gravar cenas de alta emoção é muito difícil, porque exige concentração. Mas o mais difícil é acreditar, porque temos que acreditar na realidade, acreditar que existiu. Quando cheguei no Nordeste e comecei a conhecer pessoas, vi que elas eram as personagens vivas da nossa novela. A partir daí ficou muito mais fácil de acreditar, lá os personagens ganharam vida e foi onde eu vi: realmente não é personagem, é história de alguém que existiu de fato”, disse ela, que, antes disso, teve uma preparação intensa: “Fizemos aulas de prosódia, voz, consciência corporal, caracterização de personagem. Foi isso que me possibilitou de estar aqui, se não, não conseguiria. Fiquei dois meses no Projac e um mês e meio gravando no Nordeste, que, como eu disse, não deixou de ser o fim da preparação. A personagem entrou no habitat natural e foi aí que ela realmente surgiu”, explicou.

Apesar de dizer que Leonor é totalmente fora de sua realidade, Marina tem algo em comum com sua personagem: é nordestina. “Mas sou criada em cidade grande do litoral. Eu cresci por lá e ouvimos as histórias do povo do sertão, então me vejo ali também”, destacou ela, que, como nordestina, acha natural as tramas terem predominância no eixo Rio-São Paulo. “É mais difícil fazer uma produção que se desloque, a maioria é produzida por aqui. Mas é boa a sensação de se ver. A produção teve muito cuidado de tentar não identificar onde a novela é feita, de onde são os nordestinos. Somos todos nordestinos com uma identidade única na novela”, contou.

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Marina Nery na pele de Leonor em “Velho Chico” (Foto: Reprodução/Gshow)

Marina, que aceitou embarcar na história graças ao convite pessoal do diretor, ainda não sabe dizer se vai seguir como atriz: “Não sei se a carreira é o que eu quero, porque eu não me vi trabalhando e sou muito crítica. Eu estava querendo ficar mais no Brasil, perto da minha mãe. Morando fora eu só a via uma vez ao ano e esse trabalho me deu a oportunidade de ficar com ela”, explicou. Se a intenção inicial era essa, agora, sua rotina inclui contracenar diretamente com nomes como Rodrigo Santoro, com quem, inclusive, sua personagem casou já na primeira semana. “Mas ele é super generoso. Rodrigo Santoro me deu tranquilidade, tem anos de carreira, é experiente e paciente, esperou meu tempo, me deu muitas dicas, de luz, para que lado olhar, de onde a respiração sai”, disse ela, que destaca a felicidade pelo papel: “É um privilégio estrear justo em uma novela com outra temática, um trabalho diferenciado. Estou feliz por poder falar de um povo que não deixa de ser meu povo e contar a história”, comemorou.