Exclusivo! Thiago Martins fala da carreira musical, de “Babilônia” e decreta: “o Brasil não está preparado para se olhar no espelho”


HT encontrou o ator durante seu rasante no 8º Vitória Moda, no Espírito Santo. Ele nos revelou, em primeira mão, que “Reprise”, seu single com Ivete Sangalo, estará nas rádios de todo o Brasil no final deste mês

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Foi de barba feita, camisa preta básica, calça jeans, e um cordão de prata que Thiago Martins chegou ao encontro de HT no Centro de Convenções de Vitória, no Espírito Santo. Acontecia ali a oitava edição do Vitória Moda, a semana fashion da ilha, na qual Thiago desfilaria pela grife Konyk.  José Carlos Bergamin, dono da marca, tratou logo de aconselhar: “esqueça o protocolo. A passarela é sua”. Mal sabia Bergamin que, minutos depois, Thiago estaria fazendo dança na catwalk, brincando com o DJ, fazendo charminho para o pit e pegando bebê no colo. Característica de um menino (só tem 26 anos) boa praça que estreou no horário das 19h aos 15 anos e três depois já estava na faixa da 21h. “O mundo da TV é mágico, com reconhecimento imediato, exposição gratuita e todo dia você entra na casa do espectador. Querendo ou não. Acaba por ser uma responsabilidade”, comenta ele lembrando dos conselhos do pai, lá no Morro do Vidigal (RJ). “Um dos poucos conselhos que ele me deu foi: ‘você tem que tratar bem das criancinhas aos mais velhos. Eles é que dão o sucesso que você tem’.”

Thiago não teve tempo de deixar o sucesso subir à cabeça. “Em ‘Da Cor do Pecado’ eu curti. Depois de mais velho o sucesso começou a falar: ‘olha, tem coisas ruins’, que são as fofocas e os disse me disse”, recorda garantindo: não abre um site de fofoca há seis anos. “Eu só quero fazer meu trabalho. Minha família e minha mulher (ele namora a atriz Paloma Bernardi) me conhecem. Meu público sabe até onde eu posso ir. Então, eu não ligo muito para o que falam da minha pessoa”, contou. Enquanto a conversa acontecia, passava “Babilônia” na televisão ligada por ali. Mais especificamente uma cena em que Diogo, seu personagem, era assaltado com uma faca. Um capítulo eletrizante assim como as cenas de sexo com a personagem de Glória Pires. “É incrível. A gente se diverte demais, conversa muito sobre isso. A Glória faz televisão desde muito cedo e por isso é uma atriz muito generosa, parceira. Ela faz de tudo para que as coisas conspirem e não é individualista. Eu já admirava a atriz Glória Pires. Mas a mulher e mãe Glória Pires é algo realmente encantador”, comentou.

É exatamente com Beatriz, a personagem de Glória, que Diogo trai a noiva. Algo comum para folhetins salvo o fato de ela ter matado o pai dele.  “Muita gente questiona isso. Mas ele não sabe ainda que ela matou. Ele está cego de amor por uma mulher que só faz bem para ele. Por enquanto, ele não tem culpa. A princípio, Diogo é de uma boa índole, de um caráter ímpar. Ele não é maldoso, mau cárter. Ele quer ser feliz”. E quando ele descobrir – se é que vai? “É Gilberto Braga. Tudo pode acontecer”, responde. E se pode. Tanto que boa parte da história de “Babilônia” teve de ser repensada por uma rejeição do público. “A gente estava sem roteiro semanal ate mês passado, mas agora normalizou”, contou ele que chamou de “falta de informação do povo” a revolta contra o beijo gay mostrado no início da novela.

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“É um assunto muito delicado. O Brasil em si não está preparado para se olhar no espelho. Mas eu acho que se é para abordar o que a gente vê todos os dias na rua, mas se esconde, tem que ser com o tempo. As novelas já vêm mostrando esse assunto. O que chocou foi olhar as duas damas da TV brasileira se beijando no primeiro capítulo. Mas se não mostrasse, podia acontecer o mesmo que com o Bruno Gagliasso, que gravou a cena do beijo gay em ‘América’ e ela não foi ar”, opinou. Polêmicas à parte, para seu personagem as alterações foram “ótimas”. “O Diogo foi indo, indo, [aponta os braços para cima]”.

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Thiago, enquanto levava essa conversa, deixou o celular e a carteira do seu lado. Desde que saiu do carro na garagem do Centro de Convenções, não encostou no aparelho nem para olhar as horas ou uma mensagem de Paloma. “Isso aqui [aponta para  celular] acabou com as relações das pessoas, mas também tem um lado bom. Eu lancei meu disco nas mídias digitais”, lembrou. Aliás, é seu trabalho musical que vai ganhar força daqui em diante. “Eu acabo a novela no dia 28 e entro em estrada. Vou divulgar meu disco e lançar nas rádios a minha música ‘Reprise’ com a Ivete Sangalo. Começa a tocar no final de julho.  E até o carnaval é música”, nos contou com exclusividade.

Se bem que nem tanto. No meio desse giro que ele pretende dar pelo Brasil acontecerá o lançamento de “Operações Especiais”, longa dirigido por Tomas Portella, que ele encena com Fabrício Boliveira, Cleo Pires, Marcos Caruso e Fabiula Nascimento. A trama gira em torno da vida da policial Francis, que passa a integrar uma equipe predominantemente masculina e precisa mostrar serviço. Sobre a Polícia Civil, “Operações Policiais” vai abordar a pirataria e a venda de bebidas alcoólicas para menores. Um tema bem diferente das comédias comerciais que estão tomando as sessões de cinema – que Thiago confessa adorar. “Eu acho ótimo porque fala para todo mundo”.

Com vontade de fazer um musical, o ator garante que não fica almejando muita coisa. “A minha família é estruturada, graças a Deus. Eu e meu irmão demos a possibilidade da minha mãe parar de trabalhar, depois de 19 anos dela sendo empregada doméstica. Eu sou muito grato já”. Se ele não faz muitos planos para a carreira, no campo do amor não podemos dizer o mesmo. Para finalizar a conversa, contamos para Thiago o que sua namorada nos disse quando foi questionada sobre casamento. “Quero casar com tudo que tenho direito…igreja pedindo a benção de Deus, véu, grinalda, vestido branco, buquê, festa até de manhã e muita emoção”. Ele nem terminou de ouvir a resposta e já soltou: “quero a mesma coisa”. “Mas acho muito cedo. Tenho 26 anos e ela tem 30. Paloma é muito parceira, a gente foi muito amigo antes de namorar. Acho que até por isso que hoje namoramos. Eu sonho em casar na igreja, de terninho. Quero uma festa para misturar o Vidigal, o povo de São Paulo, a Globo e a Record. Mas vamos com calma. A gente tem muito trabalho pela frente, muita coisa para viver”. Ô se tem!

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