Em “Velho Chico” como a quente Iolanda, Carol Castro diz: “A exposição do corpo não deve ser maior que a entrega do trabalho e o resultado artístico”


Em conversa com HT, a atriz disse ficou o tempo todo “segura” com as cenas mais calientes na trama de Benedito Ruy Barbosa: “É assim que encaro e assim que queria que o público encarasse”

Em “Velho Chico”, atual trama das 21h da Globo, a Iolanda de Carol Castro cantou, dançou, beijou, se drogou, enfim, deu um show de atuação, química com Rodrigo Santoro e dramaticidade logo nas primeiras cenas. Mas foi quando seus seios apareceram em alguns takes que o público veio abaixo e a internet pirou. Para Carol, que, mesmo em meio ao frenesi dessas semana de estreia conversou exclusivamente com HT, é assim: “Essa questão da exposição do corpo não pode, nem deve ser maior do que toda a entrega ao trabalho, ao resultado artístico e o contar da história. O corpo de um ator está a cargo de sua arte. É assim que encaro e assim que queria que o público encarasse”. Declaração, aliás, apoiada por esse site.

Carol castro

“Muito feliz com a repercussão da estreia”, a carioca de 32 anos define Iolanda, que tem um fervente sangue espanhol e lê o futuro nas cartas como ninguém, como uma personagem “rica, com muitas possibilidades”. O resultado? “Recebi mensagens lindas tanto de fãs, como de amigos e colegas de trabalho. E isso sempre é um combustível maravilhoso”. Até as cenas hot, hot, hot passaram batidas, ela garante. “Estive segura em todo o processo, porque estava sob a direção genial do Luiz (Fernando de Carvalho) e de sua equipe”, conta. Essa segurança toda em Luiz, aliás, vem desde um tal galpão que o diretor costuma armar com o elenco.

“O galpão é um lugar mágico e forte. Na verdade, é também um ateliê. Por isso o nome TVliê. A ideia é muito simples e genial: simplesmente misturar tudo, ser um centro de criação coletiva. As costureiras costuram seus figurinos no térreo, onde algumas portas dão para sala de cenário, sala de produção, sala de direção, tem uma sala de leitura com livros de arte em geral. E anda podemos transitar e participar de todo esse processo como uma célula artística. Do outro lado desse ateliê, perto da sala de caracterização, tem uma grande sala, onde se tira os sapatos para entrar. Tem um palco, um solo sagrado”, entrega.

Por lá, Carol explica, rolou muita criação e investigação cênica. “A união de todos que trabalham no projeto, cada um depositando todo seu esforço, talento e amor naquilo que faz, porque quer fazer bem feito e quer emocionar. Esse vontade e dedicação coletiva são o que fazem com que o resultado seja tão feliz”. Felicidade também na vida em geral. Carol se separou, estreou em musicais, viajou bastante e até filme fez. “O ano passado foi de intenso aprendizado, de plantar as coisas que eu desejava, estudar muito, me arriscar em coisas novas. Vivi essa maratona do meu primeiro musical e testei meus limites profissionais e físicos”, ri.

Cena de "Velho Chico" | Foto: Reprodução

Cena de “Velho Chico” | Foto: Reprodução

Labuta à parte, Carol Castro é daquelas belas engajadas. No âmbito ambiental principalmente. “Eu acho que temos que abraçar as causas com as quais nos identificamos sim, de um jeito natural, sem forçação ou demagogia. Eu apoio alguns projetos ligados aos animais, saúde das mulheres e também à preservação da natureza, porque são assuntos com os quais estou sempre envolvida organicamente, tem a ver comigo”, explicou. Nascida na urbe maravilha, mas com alguns anos de sua vida passados no Nordeste, Carol nutre um amor especial pelo Arquipélago de Fernando de Noronha, onde, vez em sempre, dá as caras para surfar. “É meu refúgio, onde me sinto em verdadeira paz e conexão com o divino”. A gente imagina.