Com problemas técnicos e alguns bons candidatos, a quarta temporada do “The Voice Brasil” faz estreia irregular. Vem ler!


Com a estreia de Michel Teló como técnico, problemas de delay e de equalização do som, mas bons momentos musicais, o “The Voice Brasil” fez um bom retorno

A nova temporada de “The Voice Brasil”, agora com Michel Teló no lugar de Daniel ao lado dos veteranos Carlinhos Brown, Claudia Leitte e Lulu Santos, começou meio de supetão. Mal acabou “A Regra do Jogo”, e a primeira candidata, Nikki e seu cabelo rosa, já estava no palco soltando a voz com “Don’t Wake Me Up”. Em casa, a gente não conseguiu nem se acomodar direito e já estava tendo que avaliar a candidata.

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Ah, e um detalhe: o programa não começou ao mesmo tempo para o Brasil inteiro. São Paulo, Brasília, Belo Horizonte e Recife começaram a ver o programa antes do resto do país. Péssimo negócio para a turma apaixonada por ver TV enquanto solta o verbo nas redes sociais. Boninho, o diretor da atração, teve até de se manifestar por conta das muitas críticas que recebeu pelo tal delay, que estava deixando a ideia de comentar os acontecimentos ao vivo no Twitter meio sem sentido, já que parecia uma conversa onde ninguém se entendia.

Apesar da tentativa de equacionar, o programa foi até o fim com algumas regiões vendo o que rolava – e entregando o que acontecia – antes das outras. Para um programa que se propõe a ser intereativo e chamar o público para junto da dinâmica, um tiro no pé. Mas antes de falar das flores, vamos a outro espinho: a banda sobrepunha os instrumentos às vozes dos competidores. Em alguns momentos não se ouvia nada da voz do candidato, a não ser os instrumentos. Até o Boninho entrou no jogo, de novo, para reclamar.

Mas nem só de problemas se fez a reestreia do The Voice Brasil. Mais enxuto e direto ao ponto, sem discursos intermináveis e excessos de outras temporadas, os jurados estavam mais discretos nesse primeiro programa e com toques mais específicos e profissionais. Ponto para eles. Os candidatos chamaram a atenção pela irregularidade, que variavam entre os excelentes, como Selma, que cantou “Travessia”, Edu Santa Fé, emocionando com sua viola ao som do clássico sertanejo “Poeira”, e o frescor da juventude de Tori Huang, cantando “Telegrama”, de Zeca Baleiro, aos que deixaram – muito – a desejar, como Camila, uma artista de rua, que cantou uma música de Jessie J em um inglês que parecia esperanto.

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Ao fim, tão abrupto como o começo, com a despedida logo na sequencia da volta do comercial, Tiago Leifert, sempre muito seguro e correto no comando da atração, chamou os quatro jurados para uma versão de “Tudo Azul”, que incluía até um pequeno trecho de xote. Ah, outra coisa que deu o que falar foi o look by Eduardo Pombal, nome por trás da marca Tufi Duek, de Claudia Leitte. De pernas de fora e uma brincadeira com a alfaiataria, ela surgiu de franja, boca vermelha marcada e a beleza de sempre. Semana que vem tem mais.