Caio Paduan se despede do primeiro vilão de sua carreira com o fim de Rock story e fala sobre a possibilidade de ir para Hollywood


O ator comenta o convite para participar de um filme da franquia Marvel, sobre o final da novela Rock Story e sobre a crise política no país

Com planos incertos para o futuro, Caio Paduan diz tchau ao primeiro vilão que interpretou e fala sobre a possibilidade de ir para os Estados Unidos

Com o fim de seu atual trabalho na novela das 7 da TV Globo, Rock Story, Caio Paduan mira o futuro. O ator, que emendou duas novelas nos últimos anos, ‘Além do tempo’ e ‘Rock Story’, conta que não sairá das telinhas tão cedo. “Sou muito workaholic. Amo trabalhar e não gosto de ficar parado, quero morrer atuando. Meu avô só parou quando fez 80 anos, que foi ano passado, e vou ser como ele. Vão ter que me tirar daqui a força”, brinca o ator.

Caio Paduan pode ser o mais novo queridinho de Hollywood (Foto: Jeff Segenreich / StudioOD, Make Vanessa Sena e Stylist Rafa Menezes)

Um dos projetos mais instigantes, no momento é o fato do mesmo estar sendo cotado para interpretar o Mancha Solar, o próximo filme da Marvel intitulado ‘X-Men: Novos Mutantes’. A marca quer um brasileiro desta vez para fazer o papel, já que foi feito anteriormente por um ator mexicano. “Ainda não tive resposta final, mas fui muito cotado e fico muito feliz por isso. Mas se não acontecer, tudo bem, porque ainda tenho muito o que crescer no Brasil. Se eu não entrar já vou ficar feliz porque o que importa é ter um brasileiro nos representando lá fora. O fato de ser cogitado para o papel já foi um grande divisor de águas, as pessoas começaram a me olhar de outra forma. Já me sinto lisonjeado”, conta. O personagem nasceu no nosso país e teria adquirido as habilidades em um jogo de futebol.

De moçinho a vilão, foi a primeira vez que o rapaz interpretou o malvado (Foto: Jeff Segenreich / StudioOD)

Mas o fato é que o futuro ainda é incerto. No entanto, o que o rapaz mais quer, no momento, é se despedir de um dos papéis mais importantes de sua carreira por ser seu primeiro vilão. Rock Story conta a história de um roqueiro que fazia sucesso nos anos 90 e quer voltar às paradas. Amor e música caminharam juntos desde o princípio da história. Caio viveu, durantes os últimos meses, na pele do cruel e calculista Alex e, apesar de interpretar uma pessoa com índole duvidosa, ganhou o coração do público aumentando ainda mais seu clube de fãs. “Foi complicado fazer o malvado, não tem como dimensionar o que isso significa. Desde a leitura da sinopse até ele tomar forma, muita coisa acontece. Construí o Alex nas cenas, criando uma linha de raciocínio que segui para entender aonde queria chegar. Como ele não tem caráter, vai de um extremo ao outro, não tem limites como uma pessoa normal. Não respeita, não tem compaixão e educação. Pude explorar muito esse ser humano, jogando com cada cena interpretada, sendo algumas doces e outras violentas e cruéis. Mas fico feliz que tenha conseguido manter uma linha cênica até o final e até me divertia com as loucuras sádicas dele”, afirma o ator para o site HT.

Para fazer o Alex, o galã precisou pesquisar sobre psicopatia (Foto: Jeff Segenreich / StudioOD)

Como todo um bom vilão, existem cenas muito complicadas de ser feitas por envolver assuntos delicados. No caso do Alex, Caio consegue citar muitos momentos de embrulhar o estômago. “A cena mais difícil de fazer foi a que ele está bêbado e força a Julia a ficar com ele. Foi uma tentativa de estupro e aquilo me marcou muito. Isto é muito complicado para mim porque cresci em um espaço onde minha mãe e meu pai me alertavam muito sobre o certo e errado. Eu e Nathalia Dill fizemos a cena da forma mais técnica possível para funcionar. Como estruturei o personagem de forma muito técnica na minha função de ator, consegui fazer cenas como essa sem me emocionar. Em todas as cenas, buscava me distanciar”, informa o ator.

Apesar de ter sido muito malvado na ficção, na vida real o ator sempre se mostra envolvido em programas de assistência e projetos voluntários. Nas redes sociais expõe seu papel de cidadão cada vez mais ativo como campanhas para transformar meias velhas em cobertor. “Como artista, sinto que recebo muito das pessoas e quero fazer o mesmo pela sociedade, como cidadão. Usar a minha influencia para trazer coisas boas é muito importante e, por isso, sempre me coloco à disposição para trabalhos sociais. Acho que não custa nada fazer o bem. As ONGs sempre me chamam e podem continuar porque quero ir até morrer. Vivemos em um país onde as diferenças são muito grandes e pequenos gestos podem significar grandes mudanças”, comenta. Por causa de sua influência como artista, o galã busca exibir opiniões que acrescente e instigue as pessoas que o seguem.

Caio Paduan é otimista sobre o futuro político do país (Foto: Jeff Segenreich / StudioOD)

Contribuindo ainda mais para o quesito cidadão exemplar, Caio afirma não deixar escapar nada das notícias sobre a política do país. Mas é otimista sobre o cenário atual. “Acho que estamos limpando a sujeira, pois as coisas estão sendo descobertas. Quando chegamos ao fundo do poço e não temos para onde ir, a solução é subir. Acredito que ainda não terminamos, vão acontecer escândalos maiores. Somos um país feito pelo suor dos trabalhadores e, mesmo assim, estendemos a mão. Vai demorar, porque o buraco é fundo e a sujeira é grande”, finaliza.