Ano novo, programa novo: em 2018, após a Copa do Mundo, Regina Casé estreia novo programa com formato “completamente diferente do Esquenta”. “É tudo novo”, garantiu


Mais uma vez, a missão como apresentadora continua sendo jogar luz sobre o diferente e, como ela disse, exaltar essas possibilidades. Ah, e as consequências negativas não desanimam Regina. “A gente sempre apanha muito e sofremos o preconceito dos outros por defender certas ideias que estamos falando”

Vem programa novo por aí. Depois da Copa do Mundo, em junho de 2018, Regina Casé se renova mais uma vez e estreia um diferente formato na grade da Globo. A notícia, anunciada no fim do ano passado, um dia após bater o martelo nos Estúdios Globo, surpreendeu, inclusive, a apresentadora. “Como você sabe?”, perguntou Regina quando o site HT quis saber das novidades. Ainda sem muitos detalhes, a apresentadora adiantou: “Nós estamos muito animados, porque é um programa completamente diferente do Esquenta e de tudo o que já fizemos. É tudo novo”.

E isso não é novidade na carreira de Regina Casé. Em seus mais de 40 anos dedicados à arte, a atriz sempre teve a inovação como uma de suas habilidades. Neste caso, não será diferente. Do “Esquenta” que passava na hora do almoço em família no domingo, Regina agora aposta em um formato noturno. No entanto, em comum, os dois programas seguem com a proposta de exaltar a diferença e as múltiplas possibilidades contemporâneas. “Vai ter uma mistura de música, pensamentos… é tudo junto. Esse programa é como uma revista com vários assuntos. Eu posso adiantar que este será um formato do futuro. Essa é a dica”, contou Regina que, embora tenha confessado que o novo projeto “está dando um trabalho danado”, acredita no sucesso do formato.

O novo formato, que será noturno, tem previsão de estreia para depois da Copa do Mundo, em junho de 2018 (Foto: Reprodução)

Até porque, nos bastidores, a apresentadora tem a companhia de Hermano Vianna e Sandra Kogut no desenvolvimento do formato. “Esse grupo, junto com o Guel Arraes, foi o que fez “Programa Legal” em 1990. Então, poder juntar essa turma de novo está sendo maravilhoso. O que a gente diz continua a mesma coisa, só estamos mudando o formato, que é tudo em direção ao diferente e ao desconhecido”, contou Regina que destacou a importância desta renovação na carreira – mesmo para artistas consagrados há tanto tempo como ela. “Na vida, se a gente fica se agarrando ao que já fomos um dia, por mais legal que tenha sido, acabamos virando uma hiponga velha. Por isso, eu acredito que sempre temos que ir achando uma correspondência no contemporâneo. É isso que faz com que a gente sempre inove”, afirmou.

E, assim como está ocorrendo agora, Regina Casé inova no formato sem abandonar a essência da carreira. Mais uma vez, a missão como apresentadora continua sendo jogar luz sobre o diferente e, como ela disse, exaltar essas possibilidades. Ah, e as consequências negativas não desanimam Regina. Para ela, sofrer preconceito pelas temáticas que defende e aborda é comum e apenas precisa ser reinterpretado. “A gente sempre apanha muito e sofremos o preconceito dos outros por defender certas ideias que estamos falando. E parece que é contra a gente. Às vezes, você é xingado por defender a diversidade, mas, na verdade, é por causa do preconceito contra os negros ou os gays que estão no seu programa. Por isso, eu acredito que temos que aprender a lidar e dizer que é apenas uma manifestação”, defendeu.

“A gente sempre apanha muito e sofremos o preconceito dos outros por defender certas ideias que estamos falando” (Foto: Divulgação)

Conhecedora desse cenário, Regina acredita que o momento é positivo para engajamentos como esse. Para ela, embora os caminhos apontem para um momento desfavorável, a consequência foi oposta. “Com essa onda conservadora que temos no mundo, a reação está sendo muito bacana. Veio uma onda muito careta e barra pesada, mas que, ao mesmo tempo, acordou muita gente que agora entende a importância da diferença”, analisou a apresentadora Regina Casé.