U2: Bono Vox e Larry Mullan perdem na Justiça e vão indenizar empresário brasileiro em R$ 5 milhões


Durante a passagem da banda pelo Brasil, há 16 anos, Franco Bruni foi acusado pelos músicos de não ter pagado cachê de shows no país

O cantor Bono Vox e o baterista Larry Mullen, da banda U2, foram condenados a pagar uma indenização no valor de R$ 5 milhões a um empresário brasileiro. Isso porque, durante a passagem do grupo pelo Brasil, há cerca de 16 anos, os dois músicos teriam difamado o catarinense Franco Bruni durante uma entrevista concedida ao jornal “O Globo”, após a passagem da turnê “PopMart” em solo verde e amarelo. Na ocasião, os roqueiros afirmaram que Bruni não havia pago a banda irlandesa pelos shows.

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“Descobrimos tarde demais que ele nunca havia produzido um show na vida”, disse Larry Mullen à publicação. “Aliás, descobrimos várias coisas tarde demais. Ele não pagou muitos profissionais, inclusive nós. Fomos embora sem receber boa parte do cachê”, completou. Na mesma entrevista Bono disse que o fato se tratou de algo inédito para o conjunto. “Nós tomamos cuidado com todas as negociações que fazemos para não termos problemas. Isso nunca aconteceu antes. Foi embaraçoso. Não foi nossa culpa o show no Rio ter tido tantos problemas”, comentou.

No entanto, pouco tempo depois, os músicos admitiram que o cachê havia sido pago, mas que houve inadimplência no reconhecimento dos direitos autorais. No meio de toda a confusão, o empresário ainda conseguiu comprovar na Justiça que pagou o valor contratual referente a US$ 8 milhões, antecipadamente. Ainda assim, Bruno abriu o processo contra os artistas em 2003, com desfecho só agora. Além dos aparentes problemas financeiros, a turnê do U2 no Brasil ainda contou com problemas de logística, já que a apresentação no Rio, por exemplo, que aconteceria no Estádio do Maracanã, foi transferida para o Autódromo de Jacarepaguá, causando desconforto entre a empresa e os músicos.