O Carnaval de Juliana Paes: atriz é assaltada e ameaçada a caminho da Sapucaí e lamenta rebaixamento da Grande Rio em ano que veio à frente da bateria


Para a coluna de Ancelmo Gois no jornal O Globo, a atriz contou do susto que passou na Segunda da Carnaval quando estava indo assistir aos desfiles na Marquês de Sapucaí. Além do crime, a atriz também comentou a queda de qualidade na passarela do samba e o sentimento que fica deste Carnaval. “Este ano, a Quarta-Feira de Cinzas começou bem antes do fim do que já foi chamado de festa”

Era para ser um misto de alegrias em uma festa que é super aguardada no Rio de Janeiro. Mas, em 2018, o Carnaval carioca teve seus capítulos de terror. Um deles, inclusive, foi vivido por Juliana Paes. Na segunda-feira, a atriz foi mais uma entre tantas outras vitimas da violência na cidade. A caminho da Marquês de Sapucaí, Juliana foi assaltada na saída do túnel Santa Bárbara, que liga a Zona Sul ao Centro, por seis homens.

Em entrevista à coluna de Ancelmo Gois no jornal O Globo, a atriz contou os detalhes do momento. “Seis sujeitos, um deles armados e mascarados, nos ameaçaram de morte, aquela gritaria de desespero… Mas ninguém se feriu. Levaram o celular de um dos nossos amigos”, relatou Juliana que definiu a situação da festa este ano. “O Carnaval do Rio de Janeiro está em coma”, disse.

Juliana Paes como rainha de bateria da Grande Rio (Foto: Divulgação/Riotur)

Se já não fosse o bastante, Juliana Paes ainda apontou outras questões que a surpreenderam negativamente em 2018. A atriz, que estava há dez anos longe da passarela do samba, voltou a desfilar este ano como rainha de bateria da Grande Rio e comentou a experiência do lado de dentro da Avenida. “Caiu a qualidade do som e da iluminação, as arquibancadas não estavam lotadas como vi em anos anteriores. Fora dela, a falta de segurança era visível e as barbáries idem… Tentamos todos manter o sorriso porque é Carnaval, mas o sorriso que fica é amarelo. Triste, pois tinham preparado uma festa tão linda para nós”, contou a atriz ao colunista.

O resultado desse cenário que não combina com a alegria da festa foi uma mistura de medo e lamentação, de acordo com Juliana Paes. “No fundo do coração, fica uma dor, angústia, um medo do amanhã. Este ano, a Quarta-Feira de Cinzas começou bem antes do fim do que já foi chamado de festa”, comentou a atriz que, para piorar sua experiência no Carnaval do Rio em 2018, ainda viu a Grande Rio ser rebaixada.

Com problemas durante o desfile, a Grande Rio terminou o Carnaval em penúltimo lugar e foi rebaixada para a Série A (Foto: Divulgação/Riotur)

Ontem, a escola que levou a obra de Chacrinha para a Sapucaí terminou a apuração em penúltimo lugar e no ano que vem irá disputar o Carnaval pela Série A (segunda divisão). Com Juliana Paes à frente da bateria, a escola enfrentou problemas com um carro alegórico e perdeu pontos em alguns quesitos, além de décimos importantes por causa do atraso. “Grande Rio querida! Só quero deixar registrado meu amor! Vocês foram maravilhosos! A escola estava linda, todos estavam vibrantes e entregues! Deram o melhor de si! Eu dei o melhor de mim, tenham certeza, mas a vida é cheia de surpresas que não nos deixam desistir, que as boas venham em 2019!! Obrigada pela oportunidade de viver meu Carnaval no coração dessa força! Eu amo vocês”, escreveu a atriz em uma postagem no Instagram.