Ludmilla é chamada de macaca por apresentador de programa de TV de Brasília e desabafa: “Não deixaremos impune tais atos”


No Twitter oficial do programa, uma tentativa de retratação saiu pior do que o soneto: “A expressão em si é amplamente utilizada em Estados do Centro-Oeste”. Socorro!

O Site HT, felizmente, até hoje, nunca tinha ouvido falar de um jornalista chamado Marcão do Povo, da Record de Brasília, apresentador do “Balanço Geral DH” e preferia continuar sem saber quem é, mas, nessa terça-feira, um trecho do tal apresentador caiu na rede no qual, durante a apresentação de uma matéria no quadro “Hora da Venenosa”, Marcão chamou a cantora Ludmilla de macaca ao vivo, para todo mundo ouvir. “É uma coisa que não dá para entender. Era pobre, macaca…Pobre, mas pobre mesmo”, afirmou o apresentador. Ludmilla, que já foi alvo de ofensas racistas outras vezes, se pronunciou sobre o caso em suas redes sociais.

“Infelizmente, ainda existem pessoas que não compreendem que a discriminação racial é crime e alguns, ainda usam o espaço na mídia para noticiar mentiras ao meu respeito, ofender, menosprezar e propagar todo o seu ódio. Não deixaremos impune tais atos, trata se de um desrespeito absurdo, vergonhoso. Fica evidente que esse cidadão não possui nenhum pudor ou constrangimento em ofender alguém em rede nacional. Como já foi dito por Paulo Autran, ‘todo preconceito é feito da ignorância’, visto que os racistas não possuem um conhecimento de moralidade, tratando sua própria cor de pele como superior e única. Isso tem que ser combatido e farei a minha parte, quantas vezes for necessário”, escreveu a cantora.

Ludmilla

Ludmilla

No Twitter oficial do programa, uma tentativa de retratação saiu pior do que o soneto: “Referente ao caso que está sendo divulgado nas redes sociais e em alguns veículos, a Record TV Brasília e o Balanço Geral informam que não apoiam quaisquer tipo de preconceito. Independente de qual seja. Temos a plena certeza de que o apresentador Marcão apenas utilizou uma expressão regional para se manifestar, sem o intuito de ofender a cantora Ludmilla ou qualquer outra pessoa. Houve apenas uma troca do adjetivo que acompanha a palavra. A expressão em si é amplamente utilizada em Estados do Centro-Oeste.”