Depois da polêmica, Paulinho Vilhena comentou que imaginava que a campanha “Somos Todos Paralímpicos” fosse gerar repercussão: “Era o nosso objetivo”


O ator acredita que a internet é um espaço aberto em que as pessoas são livres para comentar. No entanto, ele acredita que os usuários das redes devessem repensar antes de publicar as opiniões. “Eu só acho que era bom que as pessoas pesquisassem e analisassem um pouco mais as situações para não se arrependerem depois”

A internet é o assunto da vez na carreira de Paulinho Vilhena. No cinema, o ator estreia nesta quinta-feira em “Um Namorado Para Minha Mulher” como Gastão, um produtor de uma agencia de conteúdo para a rede.  No longa, que é uma adaptação à realidade brasileira do filme argentino homônimo de 2008, o personagem de Paulinho é amigo de Chico (Caco Ciocler), que, cansado da monotonia de seu casamento com Nena (Ingrid Guimarães), decide contratar um amante para seduzir a própria mulher. Na missão de ajudar o amigo, Gastão convida Nena para uma conversa em sua agência de conteúdos para a internet. “Através de um pedido de ajuda, ele chama a personagem da Ingrid para uma conversa e a convida para trabalhar com ele, mas não se sabe como ou com o quê. Aí, ele vê que ela é uma mulher super interessante, inteligente e com propostas e diálogos fortes, com uma grande chance de produzir um conteúdo interessante. Ele contrata a Nena e vai se encantando com a personalidade dela”, contou.

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Paulinho Vilhena na pré-estreia de "Um Namorado Para Minha Mulher" (Foto: Marcelo Sá Barretto/AgNews)

Paulinho Vilhena na pré-estreia de “Um Namorado Para Minha Mulher” (Foto: Marcelo Sá Barretto/AgNews)

A internet também foi palco para a campanha que o ator protagonizou ao lado de Cleo Pires na semana passada. Na imagem veiculada, que tinha como objetivo chamar atenção para os Jogos Paralímpicos no Rio que começam na próxima semana, Paulinho aparece com uma prótese na perna direita e Cleo com o antebraço direito amputado. Nas redes sociais, a campanha “Somos Todos Paralímpicos” da Agência África gerou controvérsias. Para muitos, a opção de ter dois atores sem deficiência no foco da ação confirma a invisibilidade que os deficientes possuem na sociedade. Mas, como confessou em exclusividade ao HT, Paulinho Vilhena não se assustou com a repercussão negativa que a campanha gerou. “A gente sabia que ia haver essa maneira de ver o que a gente fez. Eu acho que a gente conseguiu, de fato, o nosso objetivo, que era chamar atenção para uma causa que a gente acredita em um momento tão importante para o esporte. As Paralimpíadas são uma continuação das Olimpíadas, o evento não acabou como algumas pessoas acham”, argumentou.

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Sobre o uso das redes sociais como plataforma de expressão para os comentários sobre a campanha, o ator disse que essa liberdade que a internet proporciona é uma conseqüência do uso do mundo virtual. Para ele, a web funciona com um “espaço aberto”. “Você tem na internet e nas redes sociais a possibilidade de se expressar como quiser sem ter nenhuma preocupação. As pessoas simplesmente falam por embalo ou até com uma opinião pensada. Não tem como ficar restringido. Eu só acho que era bom que as pessoas pesquisassem e analisassem um pouco mais as situações para não se arrependerem depois”, opinou Paulinho que participou das Olimpíadas ativamente e que já garantiu as entradas nas competições Paralímpicas também.