Bono do U2 entra para lista de Mulheres do Ano de revista e causa revolta nas redes sociais


O cantor e ativista se junta à lista que inclui, entre outras, a ginasta Simone Biles, a cantora Gwen Stefani, a designer Miuccia Prada e ativistas do projeto Black Lives Matter

A revista norte-americana “Glamour” libera nesta época, há 27 anos, a sua famosa lista de Mulheres do Ano, mas, em 2016, a inclusão de um homem nesta lista causou estranheza. E não era um homem qualquer, mas Bono, vocalista do U2.  Como Christiane Amanpour, editora da publicação, explicou em um artigo que Bono recebeu foi incluído na lista de Mulheres do Ano por causa de seu trabalho pela igualdade de gênero e sua dedicação ao recrutamento de outros homens para lutar pelos direitos das mulheres. O cantor e ativista se junta à lista que inclui, entre outras, a ginasta Simone Biles, a cantora Gwen Stefani, a designer Miuccia Prada e ativistas do projeto Black Lives Matter.

Bono ao centro posa ao lad das ativistas e feministas Sue Lowe, Alicia Lowe, Adriane Nieves, Jane Maynard, Diana-lamon, Mazelle Etessami e Carrie Cohen1478089849527_615x300

Bono ao centro posa ao lad das ativistas e feministas Sue Lowe, Alicia Lowe, Adriane Nieves, Jane Maynard, Diana-lamon, Mazelle Etessami e Carrie Cohen

“Acho que Bono é a escolha perfeita para ser agraciado com esta honra pela primeira vez porque, agora com 56 anos, ele está tentando fazer o bem além de fazer música”, escreveu Amanpour no Glamour nesta terça-feira, anunciando o prêmio. “Não é todo superstar (ou, por exemplo, estadista) que pode trazer cerca de US $ 100 bilhões em cancelamento de dívida para 35 dos países mais pobres do mundo, ou persuadir o governo dos EUA a dar a maior contribuição da história para salvar vidas com compra de drogas contra a AIDS na África, como o presidente George W. Bush fez em 2004”. Amanpour também citou a nova campanha de Bono, Poverty is Sexist, que visa ajudar as mulheres pobres em todo o mundo. “A possibilidade de incluir um homem na premiação de Mulheres do Ano sempre esteve presente, mas havia sido posta de lado – homens ganham muitos prêmios, podemos deixá-los de fora dessa. Porém, essa mentalidade começou a ficar defasada. Existem tantos homens fazendo coisas maravilhosas pelas mulheres hoje em dia”, finalizou Amanpour.  As redes sociais – e principalmente as mulheres – não ficaram felizes com a escolha, dizendo que premiar Bono é tirar o foco das mulheres, que já sofrem com a falta de equidade na sociedade.