Biel, dono do tanquinho do momento, fala de disco pela Warner e crise na música: “Se a gente se preocupar, ela se torna maior ainda”


Em papo exclusivo com HT, Biel adiantou o álbum sai em janeiro: “Ele vem eclético, com a batidinha do pop e o batidão do funk. Ainda tem reggae e faixas em voz e violão, por exemplo. Ele já está finalizado, pré-masterizado. A mixagem toda já terminou”

Biel é simpático, tem um sorriso bonito e uma barriga tanquinho que a reportagem se absteve de conferir de perto. Essa trinca de qualidades, por si só, já é o suficiente para lhe garantir quase três milhões de seguidores no Instagram, dois milhões no Facebook e 374 mil no Twitter. Mas, há de se convir: o funk sedução do paulista de apenas 19 anos, ao lado de seu corpo, of course (mostrar a cueca, ostentar os músculos e ainda postar vídeos com a parte íntima quase à mostra não são problemas para ele), é o fator X para ele ser o fenômeno teen do momento. Com contrato assinado com a Warner Music Brasil, Biel acabara de lançar o clipe do hit “Demorô” e adiantou para a gente: em janeiro sai seu disco pela gravadora.

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“O álbum vem eclético, com a batidinha do pop e o batidão do funk. Ainda tem reggae e faixas em voz e violão, por exemplo. Ele já está finalizado, pré-masterizado. A mixagem toda já terminou”, contou ele que, antes do lançamento, já excluiu do MC de seu nome de carreira. “Exatamente por esses diferenciais deixamos só o Biel. Estou ampliando os horizontes musicalmente falando. Não tem como eu direcionar esse trabalho eclético para um público só. Posso acabar perdendo”, esclareceu Biel, ainda no segundo ano de trajetória profissional. Essas mudanças, porém, ele garante, não vem para excluir o funk de sua vida. Tanto que, das possíveis 13 faixas (o número ainda não está fechado), quatro são do ritmo que nasceu no Rio de Janeiro.

Com músicas que cantam “sabe que o Biel caprichou, se quiser de novo demorô, é só me chamar que eu já tô, pede mais que eu te dou” e “me usa, vem e se lambuza me beija, vem cá e abusa, descendo pelo pescoço vem tirando a minha blusa”, o funk do paulista é encaixado no segmento da sedução. Nada que ornasse melhor com sua imagem. “Foi assim que classificaram quando eu comecei a me apresentar. Não se encaixava na ostentação, nem na putaria propriamente dita. Eu gostei, pegou, é uma coisa nova. O funk sedução coloca nas palavras o relacionamento a dois. É a sedução propriamente dita. Não é algo descarado, é limpo, que conversa com todas as idades e não tem limites”, explicou ele que já tem, além de “Demorô”, “Boquinha” e “Pimenta” como suas faixas de maior repercussão.

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Entregando um álbum em tempos de recessão econômica, o menino de 19 anos, aos risos, pareceu gente grande ao falar do assunto. “A crise? Nem vi. Não estou nem vendo. Se a gente se preocupar, ela se torna maior ainda. E dinheiro pode trazer conforto, mas não traz felicidade. A crise é financeira, não é uma epidemia, um ebola. Tudo ligado ao bem material a gente consegue se desprender. A gente não precisa disso para ser feliz”, mandou enquanto fãs gritavam do outro lado da parede. Esse tanquinho ajuda e muito, né? “É todo um contexto que forma o artista. Seja a qualidade da música ou a presença de palco. Eu acho que isso ajuda, também”, confessou todo vermelho. Postura de quem provoca furor das meninas. “Uma vez já cheguei no camarim, fiz o aquecimento e conversei com a equipe. Aí quando fui ao banheiro, minutos antes de subir para o palco, tinham duas fãs escondidas dentro. Elas ouviram tudo. E como eu tinha conversa coisas particulares, olhei o celular delas né. Tiramos fotos e depois até deixei elas ficarem no palco por causa da ousadia. Eu gosto”, lembrou. E elas também, Biel.