Nomes como Monica Iozzi, Pinky Wainer, Clara Averbuck e Luciana Temer se mostram a favor da legalização do aborto em campanha feita por revista


O assunto foi capa da Marie Claire de março e a proposta foi idealizada pelo próprio veículo, que se mostrou a favor da legalização a partir da hashtag Aborto Sem Crime. “Eu não fiz, mas faria se a minha vida estivesse correndo risco, se a gravidez tivesse surgido a partir de uma violência e se não tivesse nenhuma condição de criar a criança com um mínimo de dignidade”, afirmou Iozzi

A polêmica em torno da legalização do abordo é impulsionada por uma campanha da revista Marie Claire que se mostra a favor do tema. A atriz Monica IozziPinky Wainer, a escritora Clara Averbuck e a advogada Luciana Temer – filha de Michel Temer – são as protagonistas femininas que encabeçam a discussão na matéria. “Um dos absurdos de ser mulher num país machista como o Brasil é ser privada de um direito básico: o controle do próprio corpo. É chocante que, em pleno 2018, ainda se tenha de brigar pela decisão (legal) de seguir ou não com uma gestação. A regulamentação do aborto, seja qual for a circunstância – falta de condições financeiras e emocionais, risco de morte da mãe ou simplesmente ausência de vontade –, é urgente e caso de saúde pública. A cada dois dias, uma brasileira morre em decorrência de procedimentos malfeitos, e nada menos que 250 mil são internadas em emergências, todos os anos, pelo mesmo motivo”, anuncia a matéria escrita por Laura Ancona, com a hashtag Aborto Sem Crime.

“No Brasil, quem morre é a mulher pobre, que faz na clandestinidade, de forma precária. Cansei de ver isso quando era delegada”, afirmou a filha de Michel Temer, Luciana, que é ex-secretária de direitos humanos do petista Fernando Haddad. Luciana também defende a legalização das drogas e da prostituição. Ela está à frente do Instituto Liberta, que tem um trabalho importante no combate à exploração sexual de menores.

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Segundo a ONU, a cada dois dias uma brasileira morre por complicações de procedimentos clandestinos. “A mulher não faz aborto porque é legal, mas porque precisa”, diz Clara Averbuck, que interrompeu uma gestação em 2009. “Eu não fiz, mas faria se a minha vida estivesse correndo risco, se a gravidez tivesse surgido a partir de uma violência e se não tivesse nenhuma condição de criar a criança com um mínimo de dignidade. Eu faria porque o corpo é meu e as regras são minhas. Toda mulher tem direito de escolher”, admite Monica Iozzi, capa da edição que chega às bancas hoje.