São 86 anos de idade e mais de 60 deles dedicados aos palcos. Não à toa, Fernanda Montenegro recebeu, na última noite, uma homenagem na 28ª edição do Prêmio Shell de Teatro do Rio por sua vida dedicada à arte e todo o reconhecimento conquistado por meio de seus papéis. A cerimônia, no Espaço Tom Jobim, no Jardim Botânico, ainda premiou outros artistas como Pedro Kosovski e Marco André Nunes, que levaram os troféus de melhor autor e diretor, respectivamente, por “Caranguejo Overdrive”. A trama, aliás, também recebeu o prêmio pela melhor atriz Carolina Virguez. Já o melhor ator foi Danilo Grangheia, por “Krum”, peça que também foi premiada como melhor cenário, de Fernando Marés.
O troféu de melhor figurino ficou com a dupla Ana Teixeira e Stephane Brodt pela caracterização dos personagens de “Salina (a última vértebra)” e o prêmio de melhor iluminação foi para Paulo César Medeiros por seu trabalho em “A Santa Joana dos matadouros”. O troféu de melhor música foi para Nei Lopes por “Bilac vê estrelas” e, na categoria inovação, quem levou o prêmio foi a Companhia Amok Teatro, pelo processo de seleção e treinamento de elenco para “Salina (a última vértebra)”.
Fernanda Montenegro recebeu homenagem no Prêmio Shell (Foto: AgNews)
O Prêmio Shell de Teatro, que foi criado em 1988, tem como objetivo contemplar e destacar os artistas e espetáculos de melhor desempenho nas temporadas teatrais cariocas e paulistas anualmente.O prêmio que Fernanda Montenegro levou para casa, existe desde 2001, quando Jorge Dória levou o troféu no Rio e o movimento “Arte contra a Barbárie” ganhou em São Paulo. De lá para cá, já receberam a homenagem pública na festa de entrega nomes como Bibi Ferreira, Tônia Carreiro, Bárbara Heliodora, Eva Todor, Nathália Timberg, Eva Wilma e outros.
(Foto: AgNews)
Nessa edição, estiveram por lá, além dos premiados e concorrentes, a atriz Renata Sorrah, que aplaudiu Fernanda Montenegro de pé, e os jurados Ana Achcar, atriz, professora e pesquisadora teatral, Bia Junqueira, cenógrafa, curadora e diretora de arte, João Madeira, diretor do grupo AfroReggae, Macksen Luiz, crítico teatral e Moacir Chaves, diretor de teatro.
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