Pedro Cardoso sobre os paparazzi: “Eu saio correndo atrás, taco pedra, fico completamente fora de mim”


O eterno Agostinho Carrara de “A Grande Família” ainda disse: “A gente eventualmente ganha bem, é verdade. Tem muito dinheiro nesse negócio. De vez em quando ele passa pela sua mão e você pega algum. Mas não conheço um ator milionário. Vejo ator de 70 anos que tem que trabalhar”

Pedro Cardoso, o eterno Agostinho do extinto “A Grande Família” (Globo), voltou a polemizar sobre os paparazzi, em gravação feita nesta semana no SBT e vai ao ar logo mais no “The Noite”. “Eu tenho mais problemas com paparazzi do que com fãs. Eu saio correndo atrás, taco pedra, fico completamente fora de mim. Acho um abuso, uma falta de respeito. Eu já processei uns 15 (paparazzi). Não ganhei nenhum. O juiz fala que pessoa pública não tem vida particular. Se fosse ele, ele iria querer ter a vida particular dele”, disse o ator, de 53 anos.

28jul2015---o-ator-pedro-cardoso-em-entrevista-ao-uol-ve-tv-1438130586667_1024x768

Na ocasião, Pedro ainda admitiu que teve “muito pouca oportunidade em televisão” e que pediu para interpretar o Agostinho. “Nunca tive uma carreira de ator relevante na televisão. Escrevi uns 15 anos como roteirista, só depois consegui atuar. Dá dinheiro ser ator, porque roteirista não faz publicidade”, falou ele, que ainda soltou: “O artista não é uma pessoa livre. Sobre o artista pesa a mesma opressão que pesa em qualquer regime de trabalho”. Palavras de quem não titubeou: “A gente eventualmente ganha bem, é verdade. Tem muito dinheiro nesse negócio. De vez em quando ele passa pela sua mão e você pega algum. Mas não conheço um ator milionário. Vejo ator de 70 anos que tem que trabalhar”.

Em tempo: Pedro também repercutiu suas duas peças em cartaz, “O Homem Primitivo” e “O Auto Falante”. “Não costumo comemorar quando a crítica gosta, porque não quero depois lamentar quando desgosta. ‘A Grande Família’ passava para 60 milhões de pessoas. Eu vou ter que fazer muito teatro para chegar lá”.

Relembre

Em 2012, rendeu o segundo programa ‘Na moral’, exibido pela Rede Globo. Pedro Bial convidou o ator Pedro Cardoso e o fotógrafo Felipe Panfili para debaterem a questão da invasão de privacidade. No programa, enquanto Pedro Cardoso ficou no ataque, questionando as razões que levam os fotógrafos (como o que estava ao seu lado) a perseguirem famosos em seus momentos íntimos (profissão considerada por ele ‘medíocre’), Panfili teve pouca oportunidade de defender o seu time. Até que Cardoso levantou a lebre de que faltava naquele momento quente a presença de um representante de um veículo que compre as tais fotos feitas por paparazzi.

“A polêmica é que as pessoas que ganham dinheiro com isso não estão aqui. Porque você (fotógrafo) não ganha. Sempre que falo por aí sobre esse assunto, só me respondem os empregados, os funcionários. O patrão (o dono de revistas e sites) não aparece”, comentou o exaltado Pedro Cardoso, que, logo, foi interrompido por Bial: “Cadê o patrão! Eu quero ver! Cadê? Mas, o Panfili é patrão dele mesmo. Ele tem uma agência. Ele é o patrão que você está demonizando”. Pedro Cardoso meteu a colher novamente: “Ele não tem como publicar a própria foto. Alguém compra a foto dele, não é?”. Panfili respondeu: “Sim, e o principal site que compra as fotos é das Organizações Globo. A principal revista que compra, é da Globo. E aí?”.

E aí? Pedro Cardoso ficou sem resposta, assim como Pedro Bial, que preferiu defender a “democrática” arena de discussões que ele diz ser o seu programa ao invés de questionar a hipocrisia que rodeia essa indústria e as diretrizes da empresa da qual é funcionário.