Ex-astro mirim, Corey Feldman confirma denúncias de Elijah Wood sobre abuso sexual de crianças na indústria do cinema


Fenômeno teen dos anos 80 que participou de filmes como “Os Goonies” e “Garotos Perdidos”, disse ao Hollywood Reporterque foi abusado durante toda a infância e adolescência por produtores e agentes

Elijah Wood, o Frodo de “O Senhor dos Aneis”, colocou luz sobre o fato de crianças estarem sendo molestadas pela indústria de cinema de Hollywood em entrevista na semana passada ao “The Sunday Times”, como contamos por aqui. Nessa quinta-feira, foi a vez de outro ex-astro mirim colocar a boca no mundo.

Corey Feldman: boca no trombone

Corey Feldman: boca no trombone

Trata-se de Corey Feldman, fenômenos dos anos 80 que participou de filmes como “Os Goonies” e “Garotos Perdidos”, que, em entrevista ao Hollywood Reporter, confirmou que foi abusado durante toda a infância e adolescência por produtores e agentes e foi além: disse que seu amigo e companheiro de cena Corey Haim, morto em 2010 por problemas com drogas, foi estuprado quando criança e que começou a experimentar drogas influenciado por abusadores.

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Corey Haim e Feldman, em Os Goonies

“Ele sofreu abusos mais diretamente do que eu. Eu fui molestado, e por várias pessoas, mas Cory foi realmente estuprado, enquanto comigo não foi um estupro de fato. Isso aconteceu quando ele tinha 11 anos. Meu filho tem 11 anos agora e eu não consigo nem começar a imaginar algo assim acontecendo com ele. Isso o destruiria”, disse Feldman, que ainda ressaltou que não viu isso cessar, mas, sim, crescer com o advento da internet. “Eles procuram pelas crianças no Twiiter, no Facebook dizendo: ‘Eu sou um grande produtor e eu posso te ajudar’. Com as mídias digitais nós temos mais acesso do que nunca a todo mundo. É um problema que só cresce, não diminui”.

Feldman, que foi bem próximo de Michael Jackson, também foi questionado sobre sua amizade com o astro, que também viu seu nome envolvido em escândalos de abuso sexual de crianças. “Ele está morto, deixemos ele descansar em paz”, respondeu, dizendo que sobre isso ele já tinha falado na biografia que lançou, batizada “Coreyograpy: A Memoir”. O repórter, por sua vez, continuou: “Mas para quem não leu seu livro, você poderia, por favor, contar sua experiência com Michael?”. “Prefiro que leiam meu livro. Mas ele foi um amigo e nossa relação não terminou bem. Nós brigamos por conta de um lado sombrio dele, mas que nada tem a ver com pedofilia”, finalizou Corey.