#RockInRioDay5: Jota Quest joga para a plateia em clima de karaokê e engajamento político: “Essa violência não é o Brasil”


Para entrar no clima do disco mais recente dos mineiros, um acústico pela primeira vez na carreira, eles desaceleraram os beats em um bloco que começou com O Sol, passou por Dias Melhores e Só Hoje, antes de entrar o momento discurso político, que se fez presente – e urgente – em todos os shows nacionais deste festival

Jota Quest sabe como poucos fazer um show para grandes multidões. Com uma bagagem de 20 anos de hits, eles podem se dar ao luxo de montar um set list só com canções que a gente cantaria em um karaokê, com direito a braços para cima e olhos fechados sem precisar ler a letra. E foi exatamente isso que eles transformaram a abertura do Palco Mundo nessa sexta-feira: um grande karaokê. Abrindo com Na Moral, emendando com Tempos Modernos, de Lulu Santos, e Blecaute, que eles lançaram em parceria com Anitta e ninguém menos do Nile Rodgers – grande show desta edição do Rock in Rio eles jogavam para ganhar.

Para entrar no clima do disco mais recente dos mineiros, um acústico pela primeira vez na carreira, eles desaceleraram os beats em um bloco que começou com O Sol, passou por Dias Melhores e Só Hoje, antes de entrar o momento discurso político, que se fez presente – e urgente – em todos os shows nacionais deste festival.

Depois de juntar Planeta dos Macacos com Sociedade Alternativa, de Raul Seixas, ilustrado com imagens de personagens controversos da política mundial, Rogério Flausino falou sobre a atual situação do país: “A gente quer mandar um abraço para todas as comunidades do Brasil e, em especial, às do Rio. Essa violência não é o Brasil. O Brasil é a verdade, a coragem, o sair de casa pra trampar, fazer o seu melhor, pra poder cuidar da família,  para estar aqui se divertindo. A gente trabalha pra se divertir, para ficar em paz, para ficar numa boa”.

Em seguida, emendou: “Estamos em um momento polarizado. Onde tudo o que a gente canta, tudo o que gente veste, tudo o que gente faz vai ter sempre um monte de crítica. As coisas que estão acontecendo no Brasil não estão corretas. A opinão é muito válida, mas a gente tem um objetivo em comum, que é fazer um país diferente”, sentenciou Rogério, antes do bloco final de canções. Entre elas Além do Horizonte, de Roberto Carlos, Fácil e Do Seu Lado. Um show em um ritmo diferente do que estamos acostumados a ver o Jota Quest. E isso é bom.