Exclusivo! Wesley Safadão em dia de conselheiro de Dilma Rousseff: “Precisamos reformular parte do nosso parlamento”


O fenômeno da música brasileira conversou com HT antes de se apresentar no dia 01 de janeiro no Multiplace Mais, em Guarapari (ES). O que melhorar no país? “Criar políticas emergenciais em pastas como a saúde e a educação”

Nas horas subsequentes ao anúncio do presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha de aceitar o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, muitos nomes pipocaram nas rede sociais como os preferidos para substituí-la no Planalto. De Aécio Neves a Michel Temer, ninguém bombou mais que…Wesley Safadão. Não, você não leu errado. O homem que dá “virote” no camarote, que é “99% anjo, perfeito”, mas com “aquele 1% vagabundo, safado e elas gostam”. Aliás, não só elas. Eles também. Safadão deixou de ser um nome forte na boca dos nordestinos (quando já era sucesso como vocalista do Garota Safada) para se tornar o segundo maior cachê do país, só perdendo para o rei Roberto Carlos.

Safadão se tornou pop, lotou o Estádio Mané Garrinha, em Brasília (DF), na gravação de seu último DVD, e seus shows marcados para a atual estação estão com sold out. Sua apresentação no dia 01 de janeiro no Festival de Verão do Multiplace Mais, em Guarapari (ES), é um bom exemplo. Não deu para quem quis. Mas, para os leitores de HT, tem Safadão sim, muito, e jogando limpo, falando da farta conta corrente, do momento do forró e, claro, seus planos para quando assumir a maior cargo do executivo nacional. Até porque (acharam que não?) ele já tem suas três primeiras ações como presidente do Brasil. Vai vendo, Dilma. Vai vendo que ele chega em Brasília na base do virote…

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Como bom nordestino, Wesley Safadão já solta um “eita!” quando o assunto é política. Ciente da moral que ganhou com os eleitores no último mês pós-furacão no Planalto Central, não demorou muito para pensar e, se o discurso de posse fosse hoje, promessa ele já teria, e aproveita para aconselhar Dilma: “Complicado, mas acho que precisamos primeiramente reformular parte do nosso parlamento. Em seguida dar um rumo na nossa economia e também criar políticas emergenciais em pastas como a saúde e a educação. Sem educação ninguém é nada”, disse. Papo de quem sabe jogar o jogo, de despontar no seu nicho. A prova são os  25 shows por mês – na média. Qual o segredo de tanta demanda? “Ter uma apresentação pedida pelo público. E para isso tem que ter o show atualizado, com novidades, músicas legais e que façam a galera se divertir”.

Nessa diversão para aqui, diversão para acolá, o bolso foi crescendo, crescendo…e o cachê passou o de Ivete Sangalo (com quem gravou “Parece que o vento”)e Luan Santana, um dos maiores do país, por exemplo. Nesse assunto, primeiro uma saltada de corpo para fora. “Eu não me envolvo nessa parte de venda de shows e de cachê. Vejo muita notícia através da mídia”, falou. Insistida feita e…”Quanto à questão de cachê, acho que não existe cachê caro, existe o artista que se paga. Cada um ganha em proporção ao retorno que dá ao contratante. E em relação ao meu cachê, lógico que hoje não é como antes, e sim, atribuo ao sucesso que o nosso trabalho obteve nos últimos anos”. Papo reto que incensa não só seu trabalho mas o mundo do forró – ele é orgulhosíssimo do gênero – como um todo.

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“Acredito que o forró é o ritmo que mais cresce no país hoje. Temos artistas de várias gerações que estão sempre com sucesso em alta e sendo cantadas por bandas de outros ritmos”, justificou. Mentira não é. Outra verdade também é a frase, de autor desconhecido, escutada por HT antes dessa entrevista: “Todo namoro começa ao som Jorge e Mateus, termina no Pablo do Arrocha, mas a volta por cima é com Wesley Safadão”. O que o próprio acha? “Essa frase representa muito o que mostram as nossas músicas. Alegria, festa, e acima de tudo, volta por cima”. Opa, falando em volta por cima, o que falaria para o garoto de cabelo comprido, rabo de cavalo, de quase duas décadas atrás? “Cara, você ralou muito nesses 14 anos de carreira. Mas tá valendo a pena. Está vendo?”.

Está vendo sim. E a gente também. Tanto que, bobo que não é, Wesley Safadão já pensa em carimbar o passaporte e colocar os gringos para dançarem ao som do seu forró. Mas, tudo em seu devido tempo. “Por enquanto eu quero consolidar ainda mais o nosso trabalho no Brasil inteiro. Carreira internacional é um passo pro futuro”. Pronto, Dilma, descanse tranquila. Ele não pretende largar o virote. Ainda bem. (Colaborou Karina Kuperman)

Programação Festival de Verão do Multiplace Mais 2016:

Dia 30 de dezembro: abertura com Sambô

Réveillon: É O Tchan e Alinne Rosa

Dia 1 de janeiro :  Wesley Safadão

Dia 2 de janeiro : Claudia Leitte

Dia 8 de janeiro: Anitta + Nego do Borel + The Funk + Vou Zuar

Dia 9 de janeiro: Revelação + Monobloco

Dia 15 de janeiro:  Aviões do Forró

Dia 16 de janeiro: Lulu Santos

Dia 22 de janeiro: Thiaguinho

Dia 23 de janeiro: Marilia Mendonça + Maiara & Maraisa