Evandro Mesquita fala sobre novo disco da Blitz: “Sai em outubro e tem participação de uma coleção de amigos como Zeca Pagodinho, Seu Jorge e outros”


O artista, que fez sucesso com a banda de rock na década de 80, contou que fica ainda é totalmente adepto do disco físico: “Sou da época do vinil, adorava abrir, ver a foto, a letra… aí depois veio o CD, que era legalzinho, e agora é no celular”

Evandro Mesquita reviveu Armando Volta na nova versão de “Escolinha do Professor Raimundo” e o papel – que foi de David Pinheiro – lhe rendeu, ao lado dos colegas de elenco, uma participação para lá de especial no show do “Criança Esperança”, que aconteceu nesse sábado, 2. “É uma bagunça gostosa, a causa é nobre. Eu gosto do ‘Criança Esperança’ pela campanha toda. Acho que é importante, mostra resultados. Vemos a comprovação disso em vídeos, a importância para as comunidades e ONGs ajudadas. Me sinto gratificado em fazer parte”, declarou ele, que dividiu o palco com Mateus Solano, Fabiana Karla, Betty Gofman, Lúcio Mauro Filho e Otaviano Costa. “Tivemos uma relação curta, mas muito intensa. Ficou um grupo de verdadeiros amigos. Todo mundo se curte demais, a energia e o tipo de humor são parecidos”, disse Evandro, que endossa a torcida por uma segunda temporada. “Soube da possibilidade e espero que haja. Vai ser bacana. Gosto desse tipo de gravação de não saber do texto do outro. Fica mais viva, tudo é novo. Além disso é um prazer enorme homenagear os mestres antigos”, afirmou.

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Evandro Mesquita na “Escolinha” (Foto: Reprodução/TV Globo)

O músico, que fez sucesso com a banda Blitz, uma das bandas de rock mais populares da década de 80, contou que o grupo se reuniu para um disco de inéditas. “Estamos trabalhando em cima desse projeto há dois anos e só agora, de quatro meses para cá, começaram a pintar, organicamente, umas participações muito queridas. O CD sai em outubro”, contou. E o que já pode adiantar? “Receberemos Zeca Pagodinho, Seu Jorge, Sandra de Sá, Alice Caymmi, Frejat, Paralamas do Sucesso… uma coleção de amigos. O nome do disco é ‘Blitz na toca da onça’”, entregou ele, emendando que “gosta do disco físico”. “Quero gravar, mesmo que isso seja na contramão de tudo que estamos vivendo. Tenho esse carinho. Outro dia um cara de gravadora me disse que até o final do ano não vão mais existir CDs. Gente, eu sou da época do vinil, adorava abrir, ver a foto, a letra… aí depois veio o CD, que era legalzinho, e agora é no celular”, lamentou.

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Evandro Mesquita em show da Blitz (Foto: Reprodução)

Falando nas mudanças da indústria fonográfica, Evandro ressaltou: “O panorama mudou demais. Na minha época de underground, de teatro, gravar um disco era como ir à Nasa. As portas eram fechadas para esse tipo de música-poesia. Ou era algo mais universitário ou os clássicos. A juventude não tinha voz e nem vez. Com o sucesso de ‘Você não soube me amar’, conseguimos abrir porta de gravadoras para várias bandas diferentes do Brasil todo. Agora o momento também é novo. Tudo viaja em uma velocidade incrível. Gravamos com o pessoal do Cone Crew, eu não conhecia quase, e eles têm 19 milhões de visualizações no clipe. Tem todo um caminho que nós, mais das antigas, estamos pegando agora”, disse.

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Evandro Mesquita(Foto: Reprodução)

Apesar disso, a Blitz ainda conquista a “garotada”. “Muitos jovens nos conhecem porque pegavam os discos os pais e hoje vão aos nossos shows. Eles nos oxigenam. É engraçado isso, porque fazíamos para a nossa turma e sentir esse carinho só dá mais prazer em continuar na estrada”, declarou. Falando na nova geração, quem se destaca no meio atualmente, Evandro? “Eu vou descobrindo gente mais nova espontaneamente. Tem a Alice Caymmi, os meninos do Cone Crew… a Anitta foi uma surpresa. Eu achava que ela era só funk, mas gravamos o programa dela (“Música boa ao vivo”, do Multishow) e eu vi como ela é dedicada e talentosa. Interpreta do pagode ao jazz, do blues ao rock”, elogiou. Opinião de quem sabe o que diz.