Diogo Nogueira volta ao Rio com o show “Mais Amor” e faz o Vivo Rio inteiro sambar


Com espetáculo repleto de sucessos e clássicos covers do samba de raiz, o filho de João Nogueira fez até senhorinhas idosas se acabarem no samba

*Por João Ker

Na noite da última sexta-feira (16), Diogo Nogueira retornou ao palco do Vivo Rio para trazer de volta seu aclamado show de divulgação do álbum “Mais Amor”, que a essa altura já lhe rendeu até um Disco de Ouro. Com a casa lotada de um público variado – não havia restrição de sexo, idade ou classe social – o sambista mostrou que é uma das vozes mais poderosas da sua geração e conseguiu colocar todos os presentes para dançarem com ele.

Acompanhado por um time de dançarinos caracterizados como vários profissionais brasileiros – da camareira ao empresário, passando pela aeromoça e o cozinheiro – ou então trazendo todo o swing e fervor da Mãe África, Diogo abre o show convidando o público a festejar e fazer graça com ele. E é esse clima de celebração que percorre as quase duas horas de espetáculo em que o músico, munido de seu microfone dourado e beca alinhada, samba, rebola, canta e sapateia.

Como todo show que começa com a plateia sentada, o clima inicial tanto do cantor como do público era um pouco travado. À medida em que Diogo interagia com as fãs e ia tirando seus hits da cartola, os convidados iam aos poucos se levantando e se espremendo em qualquer espaço que conseguissem achar para dançar. Todos os sucessos estavam ali e era difícil entender quem se divertia mais com eles, se o músico ou a audiência. Entre homenagens a Emílio Santiago e Jair Rodrigues, o filho e herdeiro da voz de João Nogueira apresentou “Deixa Eu Te Amar”, “Desejo Me Chama”, “Fé Em Deus”, “Tô Fazendo A Minha Parte” e todo um repertório que levantou mãos para o alto e ergueu um coral de apoio voluntário.

O espetáculo termina com um convite para um “baile” onde dançarinos caracterizados com boné de aba-reta e camisas de basquete dançam ao fundo e Diogo faz covers de Zé Ramalho (“Frevo Mulher”) Tim Maia (“Descobridor dos Sete Mares”) enquanto, ao melhor estilo Elvis Presley, joga rosas e toalhas suadas para as mulheres à beira do palco. Para quem já tinha cantado Martinho da Vila e Zeca Pagodinho, o final foi a cereja do bolo que a plateia estava se lambuzando para comer. Apesar do começo tímido, um ser humano só pode ouvir pandeiro e samba por determinado tempo antes de começar a mexer o pé. Ainda mais se o samba for cantado por Diogo Nogueira.

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Fotos: Vinícius Pereira