Criado no meio da música, Moreno Veloso, filho de Caetano, destaca a importância da cultura de um país em tempos de crise: “A arte segura a onda, a gente precisa dela para viver”


Se já não bastassem as influências musicais consanguíneas, o artista também teve referências externas que o fizeram seguir na carreira musical. “Além da minha família, eu ainda dei a sorte de crescer do lado de quem tem a mesma paixão que eu. Sem eles eu não ia fazer nada”

Sabe quando o seu destino já está traçado desde o nascimento e você nem sabe? Moreno Veloso é um desses exemplos. Filho de Caetano, sobrinho de Maria Bethânia, afilhado de Gal Costa e integrante de uma família que respira arte, o cantor ainda nasceu no dia do músico. Sim, leitores. Não tinha para onde ele fugir. Se já não bastasse a influência da família e coincidência do nascimento, Moreno Veloso ainda sempre se cercou de amigos artistas. Resultado: mais um nome para o cenário da música brasileira. “As minhas referências vêm de todos os lados. É claro que a minha família tem uma parcela muito importante, mas os músicos que hoje eu divido o palco eram meus colegas de escola. Eles são meus amigos de infância e são artistas maravilhosos. Então, além da minha família, eu ainda dei a sorte de crescer do lado de quem tem a mesma paixão que eu. Sem eles eu não ia fazer nada”, explicou.

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Influências à parte, o talento de Moreno Veloso não é pauta de discussão. Prova disso é que sua agenda de shows nunca fica parada. Na carreira agitada, o músico gravou seu primeiro disco, “Máquina de Escrever Música”, em 2000 e, há dois anos, lançou o último trabalho, “Coisa Boa”. Neste mês, depois de voltar de apresentações na terra dos hermanos, Moreno Veloso arrumou as malas rumo o hemisfério norte. “Em setembro eu fiz shows na Argentina e agora em outubro eu passei o mês todo me apresentando na Europa. Essa experiência fora do Brasil é muito boa, eu adoro”, contou.

Assim como sua família e os amigos que o cercam, Moreno Veloso não acha que o silêncio seja a melhor alternativa para o momento de crise. Engajado e otimista, o artista acredita em dias melhores pata o Brasil. “Nós somos brasileiros e não desistimos nunca. Por isso, nós vamos mostrar a nossa força até a hora que a mesa virar de cabeça para baixo e a gente começar de novo de uma forma melhor”, posicionou-se. E uma das mais importantes e fundamentais armas para este momento de transformação, certamente, é a arte. Segundo Moreno Veloso, é através dessas manifestações culturais que conquistaremos dias de glória no futuro. “A arte segura a onda, a gente precisa dela para viver. Se não fosse a música, a literatura e a poesia, acabava o mundo”, defendeu Moreno Veloso.