Com Thiaguinho como empresário e Neymar como um dos fãs, Atitude 67 apresenta o pagode do Pantanal e faz show na Tardezinha deste domingo no Rio. Conheça!


Em uma mistura de samba e pagode, com pitadas de rap melódico, como definiu o vocalista da banda, o grupo já lançou dois EPs com quatro faixas cada de um total de 14 músicas gravadas para o primeiro DVD. “Nós escolhemos fazer vários pequenos lançamentos para a galera ir absorvendo tudo até divulgarmos o disco completo depois”, disse Pedrinho

Pantanal é terra de belezas naturais, licor de pequi e sertanejo. Certo? Erradíssimo! O Mato Grosso do Sul é, sim, um lugar cheio dessas maravilhas, mas o estado vai muito além das modas de viola na música. Pantanal também é lugar de pagode e dos bons. Sucesso na internet, apadrinhados por Thiaguinho e com Neymar como um de seus fãs, o Atitude 67 vem se destacando no cenário musical brasileiro com um repertório rico, animado e divertido. Em uma mistura de samba e pagode, com pitadas de rap melódico, como definiu o vocalista da banda, o grupo já lançou dois EPs com quatro faixas cada de um total de 14 músicas gravadas para o primeiro DVD. Ah, e neste domingo, 5, fazem show aqui no Rio, como participação na Tardezinha, no Rio Beach Club, na Barra da Tijuca. Vem conhecer essa potência do pagode contemporâneo!

O último lançamento foi na sexta-feira passada, 27, quando “Linda de Mar”, “Quinto Andar”, “Tá Gostando Mais ou Menos” e “Vou Te Escrever um Rap” integraram o repertório do Atitude 67. “Nós escolhemos fazer vários pequenos lançamentos para a galera ir absorvendo tudo até divulgarmos o disco completo depois”, explicou Pedrinho vocalista da banda. A estratégia, aliás, tem dado bastante certo. A cada novo EP, quatro músicas da banda contagiam os fãs que o Atitude 67 já conquistou com letras que vão do amor à graça. “A gente confia muito no disco como um todo. Mas, assim, vamos indo aos poucos e sentido a galera. A cada lançamento de EP, nós procuramos colocar uma música mais romântica, outra engraçada, outra animada”, explicou o vocalista.

A banda Atitude 67 já é sucesso no Brasil com o pagode misturado do Pantanal (Foto: Divulgação)

E assim, o Atitude 67 vai apresentando a identidade do pagode do Pantanal para o Brasil. Com 14 anos de história, o grupo é composto por seis amigos dos tempos de colégio que descobrem juntos a vida há 17 anos. “Nós somos mais que amigos, somos irmãos. A nossa ideia sempre foi tocar o que acreditamos, levar para a galera a nossa alegria e passar o máximo de verdade em cada música. Isso cria uma identificação interessante e verdadeira com o público e faz com que sejamos honestos com nós mesmos também”, contou Pedrinho sobre as letras que, apesar de serem quase enredos de novela ou textos de humor, são histórias verdadeiras. “Todas as nossas músicas são autorais e nós mesmos que escrevemos. Em relação ao humor das letras, nós somos assim no dia-a-dia e acaba que isso passa para a banda. No caso de “Saideira”, aquilo aconteceu com um amigo nosso e a mulher de “Cerveja de Garrafa” é a minha namorada”, revelou. Vale a pena conferir!

O fato é que o Atitude 67 vem se destacando e são por vários motivos. Além das letras que contagiam, a sonoridade da banda também é um caso à parte. Como disse o vocalista, o grupo faz uma mistura de samba, pagode e rap melódico. Mas esse combo ainda vai além. “Já tem gente dando o nome de pagode universitário ao nosso som porque dizem que estamos recriando um gênero consolidado, como foi no caso do sertanejo. Mas eu não sei se é muita pretensão nossa achar isso. Eu acho que a sonoridade da banda ocorre de maneira natural”, disse Pedrinho que, para explicar melhor a identidade musical do Atitude 67, voltou ao início da carreira do grupo. “Nós somos de um lugar muito dominado pelo sertanejo e que foi o berço de grandes nomes da nossa música, como Michel Teló e Luan Santana. Porém, mesmo com essas referências, nenhum de nós seis nunca teve uma criação nas fazendas ou muito voltada para essa vida no campo”, lembrou.

E daí começou a relação com o samba. “Apesar de ser bem menos, lá em Campo Grande também temos alguns artistas de pagode. Quando éramos adolescentes, começamos a brincar de fazer roda de samba e isso foi evoluindo bem aos poucos. Depois, passamos a ouvir rap e acrescentar essa sonoridade de maneira mais melódica no nosso som. Até que o resultado ficou esse que a gente nem sabe explicar direito”, contou Pedrinho que ainda fez questão de destacar a pluralidade de Campo Grande e do Pantanal. “As pessoas acham que o Mato Grosso do Sul é só sertanejo, mas também temos artistas muito bons em diversos segmentos. Inclusive, o Thiaguinho passou grande parte da vida dele em Ponta Porã, uma cidade vizinha da capital”, apontou.

Por falar nele, agora, Thiaguinho é mais que uma referência para o Atitude 67. Atento aos novos talentos e fã da proposta dos meninos do Pantanal, o cantor é empresário da banda. “Isso foi um presente inacreditável na nossa vida. A nossa relação com o Thiaguinho começou unilateralmente porque nós somos super fãs dele e ponto. Mas isso é comum entre todos os artistas, principalmente do samba e do pagode. Um dia, a gente estava gravando e o nosso produtor Dudu Borges enviou uma música para ele. Na hora eles já começaram a conversar porque o Thiaguinho tinha se interessado no nosso som. Quando as músicas ficaram prontas e ele ouviu, nos disse que estava apaixonado e que fazia tempo que não sentia tanta personalidade em um som”, lembrou Pedrinho que, desta parceria, já planeja um feat musical e anunciou uma novidade para lá de especial para o público carioca neste domingo, 5. “Nós fomos convidados para tocar na Tardezinha, que é hoje um dos maiores eventos de pagode do Brasil. É um sonho de garoto que está começando a se realizar”, comemorou sobre o show que será no Rio Beach Club, na Barra da Tijuca.

Para o desenrolar desse sonho, a banda, de fato, precisou de muita atitude. Após ganhar espaço e repercussão no Pantanal, os seis amigos decidiram largar a vida consolidada no Mato Grosso do Sul para se aventurar em São Paulo atrás de realizações na música. “No grupo tem jornalista, arquiteto, empresário, advogado e oceanógrafo. Todo mundo tinha trabalho e vida certa lá no Centro-Oeste, mas decidimos arriscar. Nós começamos a ver que nosso som já estava se tornando famoso na região, estávamos construindo o nosso nome como banda e isso deu um gás para os seis entrarem nessa loucurinha. Foi então que resolvemos meter bronca nessa história e nos mudamos para São Paulo”, contou sobre a nova vida do grupo de jovens de 28 anos em média que está desde 2016 na terra da garoa em busca de um sonho.

E tem valido a pena! Cada vez mais profissionais e conquistando público para muito além das fronteiras do Mato Grosso do Sul, o Atitude 67 já faz parte da playlist até do Neymar. “Isso foi uma loucura. A gente ainda não sabe como nossa música chegou até ele, mas ficamos muito felizes. Eu lembro que no dia que ele postou cada um de nós seis estava em um lugar diferente. Quando eu peguei o meu celular, tinham milhões de mensagens e eu fiquei sem saber o que fazer. O Neymar é o ídolo de um país e estava ouvindo a nossa música”, contou Pedrinho quase sem acreditar. Passada a euforia, mas nem tanto, a comemoração foi bem no clima da música “Saideira”, do primeiro EP da banda. “Nós seis nos encontramos em um bar e fizemos alguns vários brindes à saúde do Neymar”, disse.

Depois dessa experiência, Pedrinho confessou que hoje não tem mais noção do alcance da banda. Pela internet, o Atitude 67 já tem mais de 29 mil seguidores no Instagram e quase três milhões de visualizações no YouTube. “A gente brinca que essas redes sociais são meio que terra do nunca. É tudo muito grande e potente. Nós estamos muito felizes com as mensagens que estamos recebendo e o retorno do público. Porém, na nossa vida, a rotina ainda não mudou muito. Agora que estamos começando a ter mais shows e viajar com a música. Mas isso é bom. Estamos bem pé no chão com esse sucesso”, explicou.

Com shows na agenda, mais músicas para lançar e um caminho longo e promissor pela frente, Pedrinho confessou que não tem um ponto de chegada nesta corrida. Para ele, cada passo é a realização de um sonho e o desejo por uma motivação ainda maior: levar alegria para as pessoas. “Eu confesso que não quero ir a um determinado programa ou cantar com tal pessoa. Pode até ser infantil eu falar isso, mas o meu sonho é viver de alegrar as pessoas com a nossa música. Essa é a missão que temos e é o que nos move e nos fez sair lá do Pantanal”, contou o vocalista. Nós já estamos amando fazer parte disso!