Anitta fala sobre a representatividade de gênero na música: “Eu vejo os novos movimentos como uma igualdade geral entre homem, mulher, gay, pobre e rico”


Cantora de “Bang” levou o troféu de Melhor Cantora no último “Domingão do Faustão” de 2016 e compartilhou a estatueta com a amiga Marília Mendonça

Anitta deu o tiro certo e, definitivamente, não tem do que reclamar de 2016. Destaque absoluto em todas as paradas de sucesso dentro e fora do país, a cantora provou mais do que nunca que veio mesmo para ficar no disputado chart da música pop brasileira. Dona de um rebolado incomparável e de músicas trabalhadas em refrões chicletinhos que sempre caem nas graças do público, a estrela vem reforçando seu talento a cada disco e prêmios que recebe – que não são poucos. O mais recente ficou por conta do troféu “Domingão do Faustão”, como Melhor Cantora, ao lado de ninguém menos que Ivete Sangalo e Marília Mendonça. E, ela não para por aqui. Mesmo com todas as conquistas, Anitta revelou ao HT que ainda quer muito mais.

Anitta nos Melhores do Ano, do "Domingão do Faustão" (Foto: AgNews)

Anitta nos Melhores do Ano, do “Domingão do Faustão” (Foto: AgNews)

“A minha carreira internacional é o meu grande sonho. E, eu vou lutar por ela nesse próximo ano. Minha vida já está exatamente da forma que eu sempre quis. Sou muito feliz por isso. Aprendi que na vida a gente tem que agradecer mais do que pedir. Eu costumava reclamar muito das coisas, hoje em dia, quando tenho um problema, peço a Deus que me ajude”, disse ela, que ainda comentou que o segredo de seu sucesso vem sempre como resultado de um sonho de vida.  “Hoje eu tenho tudo o que eu quero, mas tudo veio através de muito trabalho. As coisas não caíram do céu. O principal é a gente nunca parar de sonhar. É importante que a gente tenha sempre um novo desafio e novos objetivos”, adiantou.

As realizações foram tantas nos últimos anos que Anitta classificou 2016, como o melhor de sua vida. E motivos não faltam. Além do mega sucesso de “Bang”, música que fez o Brasil inteiro sacudir o esqueleto com sua coreografia bem elaborada, a carioca ainda emplacou hit atrás de hit com “Essa Mina É Louca”, “Cravo e Canela” e “Sim ou Não”, em parceria com o cantor colombiano Maluma. Ah! E a musa ainda foi convidada para apresentar o programa “Música Boa”, no Multishow. Ufa! E, segundo ela, as conquistas não pararam por aí. “2016 foi o melhor ano da minha vida. Todo ano eu falo isso, mas, graças a Deus, tem se superado. Quero poder dizer isso nos próximos também”, comemorou. “Cantar com Gilberto Gil e com o Caetano Veloso na abertura das Olimpíadas e com o Andrea Bocelli foi inacreditável. Foram parcerias que me deixaram muito emocionada”, recordou ela, que ainda se envaidece com todos os prêmios que carrega em seu currículo.

"Eu não fico compartilhando todos os meus momentos na internet. Quando eu sinto que não é a hora, eu prefiro não postar nada" (Foto: AgNews)

Como dissemos anteriormente, Anitta foi eleita a melhor cantora no “Domingão do Faustão”, ao lado de Ivete Sangalo e Marília Mendonça. Ela garantiu que não é muito competitiva, mas se emociona com o carinho dos fãs, já que a votação foi feita através do público. “Sei o quanto os meus fãs se dedicam e querem que eu vença tudo. Eles sonham junto comigo. Mas eu não sou uma pessoa muito vidrada nesse lance dos prêmios. Claro que me sinto feliz pela vitória das pessoas também e não só pela minha”, destacou ela, que no palco da atração dominical, convidou Marília para dividir o troféu. “Eu sei que ela estava querendo muito ganhar. Ela é uma pessoa muito especial. Acredito que estamos nesse mundo para dividir, compartilhar”, ponderou.

Agora, com novos sucessos que se multiplicam a cada trabalho, Anitta coleciona parcerias musicais na carreira. Porém, em comum, de um momento de sua trajetória para cá, a artista contou que preza pela exaltação da figura da mulher em suas músicas. Assim como esta é a inspiração para as canções de sucesso de cantoras sertanejas, como Simone e Simaria, Naira Azevedo e Maiara e Maraísa, a funkeira carioca comentou sobre esse empoderamento atual, mas descartou um seguimento específico. Anitta preza mesmo é pela liberdade individual.

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“Eu vejo os novos movimentos como uma igualdade geral entre homem, mulher, gay, pobre e rico. A gente tem que parar de dividir e rotular as pessoas. Sem contar que tem coisas mais importantes para se incomodar como a desonestidade na política e a guerra no mundo. Isso é muito mais importante do que as características de cada pessoa. É lindo ver que pelo menos na música isso tem acontecido a cada dia mais”, comemorou a artista, que em breve lança uma parceria com a dupla Simone e Simaria. Agora, solteiríssima, ela ainda garantiu que não se incomoda em não estar namorando. “Todo mundo fica perguntando sobre isso, mas eu não ligo. Eu amo a minha carreira e ela me faz muito feliz e completa. Não da para gente ter tudo na vida, né?”, finalizou.