SENAI CETIQT é tradição e referência na indústria da moda há mais de 70 anos: ” A versatilidade dos nossos profissionais acabou mudando o rumo dos setores”, afirmou o assessor da Direção Executiva, Marcelo Ramos


A instituição nasceu em 1943 e se tornou famosa pelo compromisso com a inovação tecnológica, mantendo sempre currículos atualizados e condizentes com o futuro do mercado. Um dos segredos do sucesso é a aproximação com a indústria química e têxtil. O resultado disso é uma empresa respeitada com trabalhadores capacitados que alcançam cargos importantes em seu meio

Confecção de tecidos do SENAI CETIQT (Foto: Divulgação)

Em 1943, surgiu uma empresa que mudou para sempre o rumo da moda no Brasil com suas inovações e tendências que se tornaram referência no mercado nacional. O SENAI CETIQT nasceu no Rio de Janeiro e foi o responsável por mudar o passado do nosso país contribuindo para o investimento em uma indústria química e têxtil mais tecnológica e antenada com o futuro. A fórmula do sucesso foi investir em educação de qualidade que caminha junto das revoluções digitais. “Desde a sua criação, o SENAI, como instituição nacional, teve um papel muito importante na formação de recursos humanos para a nossa indústria nacional, ou seja, a versatilidade dos nossos profissionais acabou mudando o rumo dos setores. O fato de educarmos de forma aprofundada gerou uma mão de obra muito capacitada. Este movimento fez com que a empresa se destacasse. Além disso, ao conversar com pessoas da área escutamos muitos elogios aos nossos estudantes devido ao alto nível prático deles”, afirmou Marcelo Ramos, assessor da Direção Executiva.

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Mulheres trabalhando no SENAI CETIQT nos primeiros anos da empresa (Foto: Divulgação)

A eficiência do ensino está muito voltada para a tentativa de aproximar o aluno da realidade do mercado de forma que ele aprenda fazendo. A qualidade do corpo docente, o rigor no processo de aprendizado e uma infraestrutura moderna são algumas das bases que compõem a excelência do SENAI CETIQT. “Os nossos objetivos são a formação profissional e prestação de serviços técnicos de inovação. Também fazemos consultorias e pesquisas de desenvolvimento. Queremos formar profissionais que tenham um portfólio que esteja de acordo com as necessidades atuais e futuras das empresas para que o estudante se encaixe no mercado e possa trabalhar em projetos de pesquisa. Em todas estas funções, nós mantemos uma comunicação extensa com a própria indústria”, explicou Marcelo Ramos. Parcerias com empresas internacionais, estágio como designer na Itália e o SENAI Fashion Brazil, que é um desfile produzido pelos aprendizes com a ajuda de coaches renomados, compõem a gama de oportunidades que uma pessoa pode ter ao apostar na educação da instituição.

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Primeira sede do SENAI (Foto: Divulgação)

A instituição começou a trajetória apostando em uma formação de nível técnico. Com o tempo e a demanda dos alunos, a empresa começou a atuar com cursos de aprendizagem, qualificação, aperfeiçoamento e, mais recentemente, no ensino superior com graduação e pós. A metodologia de ensino foi o diferencial que atraiu o público, por trazer currículos atualizados e condizentes com o mercado devido à aproximação que existe com a indústria. “Para reformular a carga horária, é feito um estudo para identificar as mudanças tecnológicas que estão acontecendo e podem ocorrer no futuro das empresas, para entender qual deve ser a ênfase das aulas. Ao analisar as tendências, conseguimos criar um novo perfil profissional que se encaixa nas demandas. Esta pesquisa é validada a partir de uma discussão em um Comitê formado por empresários, acadêmicos, associações e sindicatos. A segunda etapa é construir os currículos a partir desta estrutura, pensando nas competências gerais e específicas que aquela pessoa deve ter para ser experiente em determinado assunto”, comentou. O Comitê Técnico Setorial conta com cerca de 20 pessoas para opinar sobre a construção da formação destes trabalhadores.

A empresa começou em 1943 e desde então se tornou uma referência no setor têxtil (Foto: Divulgação)

O processo desta atualização curricular acaba afetando, até mesmo, os professores. “O nosso corpo docente é qualificado, condizente com as características dos nossos cursos, ou seja, com uma grande experiência técnica. Como profissionais, eles estão sempre estudando para terem um conteúdo atualizado para mostrar aos alunos. Por isso, após a confecção do itinerário, temos um processo de implantação que inclui o treinamento destes mestres”, salientou.

Unidade Barra do SENAI CETIQT (Foto: Divulgação)

O currículo é renovado a cada três anos para manter uma atualização permanente e regular. “Os estudos de preparação para a mais recente mudança no programa mostraram uma imersão cada vez maior da ciência e da tecnologia em toda a cadeia têxtil. Nos baseamos em todos os princípios da chamada 4ª Revolução Industrial, porque são diferentes equipamentos que já estão impactando nos setores. A partir disso, houve uma necessidade de trabalhar estes profissionais para que eles tenham o conhecimento e a capacidade de operar com estes aparelhos”, contou. O curso de Modelagem, por exemplo, era focado na criação e nos conhecimentos técnicos ligados ao projeto de design de moda. A partir do estudo, o SENAI CETIQT percebeu que atualmente existe uma aproximação dos consumidores com as empresas através da customização. Aliado a isto,há uma facilidade na produção e por isso é preciso entender estas demandas e pensar mais no design de produto de moda.

Marcelo Ramos é o assessor da Direção Executiva do SENAI CETIQT (Foto: Divulgação)

Para compreender o que está rolando no mundo das passarelas, a equipe de pesquisa do SENAI CETIQT precisa de atenção redobrada. Além das pesquisas, existe a necessidade de acompanhar cada mudança. “O design de moda é uma das ênfases que nos interessa. Quando fazemos as pesquisas, este é um dos nossos focos, por isso prestamos atenção em tudo que faz parte deste campo. Atualmente, por exemplo, estamos muito ligados em roupas e tecidos funcionais, nos eletrônicos que é possível vestir e nas estampas e modelos que são tendência. Existe um estudo em torno do comportamento”, afirmou. Uma das formas de estar alinhadas as tendências é investir na tecnologia que é disponibilizada aos estudantes. A partir disso, é organizado um Fashion Lab que aproxima os alunos de empresas, startup e interessados do ramo para conversar sobre as influencias dos novos equipamentos no processo de criação como empresas 3D e 4D.

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 Modelagem Industrial FemininaCronoanálise – que estuda tempos e movimentos e que é uma ferramenta bastante eficaz na melhoria dos processos industriais, e Costura Básico e Intermediário, entre muitos outros.

O sucesso dos aprendizes da rede é praticamente garantido e a prova disso são inúmeros cases que foram aplaudidos no mercado. “Temos muitos alunos que tiveram um grande destaque ao lançar uma marca, também vimos eles participando do São Paulo Fashion Week e o Fashion Rio. Vemos grandes empresas buscando profissionais daqui, o que significa um reconhecimento da qualidade da formação. De qualquer forma, quando eles saem daqui possuem um portfolio diferente de qualquer outro, porque já participaram de concursos, fizeram desfiles e desenvolveram a sua própria roupa. Quando vou às empresas, consigo perceber que a maioria dos cargos de gerência e de chefia são de ex-estudantes da casa”, relembrou.

Marcelos é o responsável pelo SENAI Fashion (Foto: Divulgação)

Todo o conhecimento e vivência que a instituição passa para o estudante é resultado de mais de 75 anos de experiências. E, como qualquer outra empresa, o SENAI CETIQT passou por desafios e dificuldades que fortaleceram o grupo para resultar na potência que é atualmente.Passamos por inúmeras crises econômicas e políticas no país ao longo dos anos que impactaram, principalmente, o setor têxtil. Vivemos, por exemplo, o fim do sistema de cotas e a corrida para os países de baixa mão de obra como a China que oferecia preços impossíveis de competir. Obviamente, o Brasil é um dos poucos lugares do mundo que possui todas as etapas de produção no seu território, do fio ao desfile. Mas neste cenário instável, empresas fecham e pessoas são demitidas, nós que trabalhamos com a educação para esta indústria somos afetados porque o mercado não parece ser atrativo”, explicou Marcelo. Dessa forma, os desafios existem e só são superados com muita criatividade e inovação, características que o SENAI tira de letra. “Por isso queremos entender quais são as demandas do futuro para ajudar quem quer investir neste meio. Acreditamos que, por meio destas pesquisas, podemos até tirar o setor têxtil de uma classificação como baixa intensidade tecnológica para alta. O nosso objetivo é nos reinventar e acompanhar o fluxo das empresas, de forma a trazer, cada vez mais, novos perfis de trabalhadores para esta área”, concluiu.