O estilo étnico é tendência forte nessa temporada e nós, de HT, entregamos o caminho das pedras para looks cheios de bossa e charme. Pega na nossa mão e vem!


Marcas como Leader, Karamello e Cecconello estão de olho nas estampas étnicas, suas diferenças e particularidades e, por aqui, destrinchamos tudo para incorporar o hit no dia a dia

Passa verão, primavera, outono e inverno e elas continuam sempre em alta. Estamos falando das estampas étnicas, que foram hit máximo da temporada passada, seguem com tudo outono adentro e prometem fazer a cabeça das fashionistas também no inverno. O estilo étnico tem contexto histórico e resgata várias culturas ao investir em elementos dos povos africanos, tribais, indígenas, astecas, indianos e tantos outros. Vê-se que tem história. Porém, só se tornou queridinho da moda das grandes cidades no final dos anos 60 e teve seu auge nos anos 70, quando jovens hippies, que buscavam liberdade e igualdade através de movimentos ligados a natureza e às minorias, como negros, gays e indígenas, passaram a incorporar referências de diferentes culturas em sua vestimenta como uma forma de se afastarem dos antigos valores europeus. A maneira que encontraram? Apelando para a história de culturas exóticas. A partir daí, os looks étnicos conquistaram seu lugar ao sol e, volta e meia, estão no centro da moda.

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Nathália Dill, Blake Lively e Sabrina Sato são adeptas do estilo étnico

Não à toa, já que é uma das estampas mais democráticas que existem. O étnico mexicano, por exemplo, é multicolorido ou tem tons da mesma cor, sempre com poucos grafismos e muitas listras em degradê é mais popular em looks praianos. Já o étnico sul-americano tem como principal referência o Peru, mas também passa por países como Colômbia, Bolívia, Equador, Chile e Argentina. A diferença dela para a mexicana é que não formam degradê, ou seja: combinam diversas cores em uma mesma peça e geralmente são adornadas com pequenas imagens como símbolos incas, lhamas, flores e formas geométricas. As africanas, por outro lado, são totalmente diferentes e fáceis de reconhecer, já que tem muitas repetições de formas geométricas, são quase sempre abstratas e não tão coloridas. Os tons são mais neutros ou em cores primárias e a grande maioria abusa do preto e do branco. As étnicas indianas, por sua vez, podem ter cores sóbrias ou vibrantes, mas os padrões são menores do que os africanos e bem mais trabalhados do que os latinos, sempre com brilhos, bordados metálicos e aplicações de espelhos, moedas e estampas como mandalas, penas e flores.

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Mariana Rios, Claudia Leitte e Kristen Stewart já desfilaram seus looks étnicos por aí

São as cores e formas geométricas que garantem a identidade visual desse tipo de look que combina perfeitamente com o clima tropical brasileiro. Pensando nisso, a Leader investiu em linhas gypsy, vintage folk e ethnic chic. Com suas características particulares, cada uma delas tem referências étnicas claras. O gypsy, que significa cigano, é um estilo inspirado em grupos itinerantes que se originaram na Índia mas, atualmente, vivem principalmente no Sul e Sudoeste de continentes como Ásia, Europa e América do Norte. Se os grupos étnicos contribuíram para a criação da moda, o estilo cigano também já fez parte do meio fashion muitas vezes e influenciaram o que hoje conhecemos como boho, além, é claro, do flower power e do hippie. Na Leader, as roupas tem cores vibrantes, peças fluidas, maxi acessórios e tecidos bordados e coloridos com origem na indumentária milenar.

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O gypsy Leader é cheio de elementos étnicos!

Falando em flower power, a coleção “Mãe Natureza” da Karamello é a síntese perfeita disso. Fotografada dentro do lavandário de Cunha, a campanha mostra que a moda pode ser consciente e conectada com a natureza. As peças, cheias de referências naturais, são uma ode ao natural e vem cheias de flores, estampas de animais e referências hippies para a mulher contemporânea. “A campanha sempre será o reflexo da coleção. Uma campanha de moda tem como objetivo representar por meio das imagens o conceito do que foi criado. Nessa temporada eu falo, com as minhas peças, da conexão que temos naturalmente com a natureza”, explicou Rosilane Jardim.

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Os florais estilosos da Karamello são uma ode à natureza

Além das flores, cores e geometria, o étnico também pode ser cheio de tons terrosos. Prova disso é a inspiração nos navajos, um dos grupos indígenas mais importantes da história dos Estados Unidos que, até hoje, possuem população considerável vivendo em tribos ou cidades. A tendência navajo é o que há de mais novo em inspiração de estampas étnicas e é bem diversificada, formada por desenhos geométricos marcados por linhas e pelo contraste de cores. Em uma única peça, é possível encontrar desenhos diferentes que dialogam entre si. Os navajos abusam dos tons terrosos e contrastam com cores vibrantes como vermelho, amarelo e turquesa que dialogam perfeitamente com o marrom, o chocolate, o bege, o conhaque e o camel, cores que são aposta da Cecconello, marca sempre antenada no que há de mais moderno. Para adotar a tendência, a grife misturou seu outono-inverno de terrosos com pontos de cor vibrantes. O highlight fica por conta da linha de dia das mães, adornada com fitas que unem o étnico com a delicadeza do ballet inspired. Perfeito para quem quer adotar a tendência aos poucos.

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O estilo queridinho na maioria dos festivais de música ao redor do mundo tem grande influência western e, enquanto no verão os elementos são mais sutis, no inverno é permitido abusar dos geométricos, franjas, tribais, couro, fivelas e muito mais. Com tantas opções, alguém ainda não incorpou no guarda-roupa?