Brasileiro Francisco Costa não é mais o diretor criativo da Calvin Klein; Raf Simons, ex-Dior, é apontado como favorito a assumir o lugar


Steve Shiffman, presidente da CK, anunciou a novidade em um comunicado em que considera a estratégia um “início em um novo capítulo na história da grife”

Dança das cadeiras: a marca Calvin Klein anunciou nesta terça-feira (19) a saída do brasileiro Francisco Costa da direção criativa da Calvin Klein Collection – a etiqueta feminina – e de Italo Zucchelli da linha masculina. Em comunicado à imprensa, a grife informou ainda que há uma tentativa do grupo em unificar as duas etiquetas com um único profissional – dando start a uma nova estratégia global.

“Esta proposta criativa dá início a um novo capítulo significativo na herança da marca Calvin Klein, desde a aposentadoria do Sr. Klein“, disse o presidente-executivo Steve Shiffman, que também agradeceu a Francisco e Italo pela dedicação ao longo da última década – Francisco Costa entrou na marca em 2001 e Italo Zucchelli em 2004. Shiffman também adiantou que a grife não desfilará em julho como de costume – nem coleção masculina, nem feminina.

Francisco Costa (Foto: Reprodução)

Francisco Costa (Foto: Reprodução)

Ele acrescentou também que, enquanto um o novo nome para o cargo não é anunciado, a vaga será ocupada por Michelle Kessler-Sanders, presidente da Calvin Klein Collection. E é exatamente agora que a história ganha uma pimenta. Logo após o comunicado, os rumores de quem será o próximo diretor criativo da CK já movimentaram o mundo fashion. O nome mais cotado para ocupar o cargo é o de Raf Simons, ex-Dior. Essa especulação, aliás, não é novidade nos bastidores da moda. Simons é um nome cogitado desde a sua saída da maison francesa em outubro de 2015.

Sobre Francisco

Francisco Costa é o único estilista a ter dois troféus CFDA, considerado o Oscar da moda. Com um estilo minimalista que seguia a tradição da Calvin Klein, Costa desfilou nas passarelas produções neutras, sem estampas e mais clássicas durante seu tempo à frente da CK. O estilista considerava suas clientes “intelectuais e maduras”, por isso apostava em roupas com cortes mais tradicionais e sem variar muito a paleta de cores. Boa prova disso é que, para a temporada outono-inverno 2017 da NYFW, em fevereiro deste ano, Francisco assinou sua última coleção para a marca com um revival do básico CK: os terninhos. Naquela catwalk, o estilista apresentou combinações para todos os gostos, desde as tradicionais riscas de giz até os suspensórios.

HT lembra também que, após o anúncio da saída da direção feminina da Calvin Klein Collection, houve o boato de que Francisco assumiria o estilo da versão tupiniquim da marca. Em contrapartida, a assessoria da CK Brasil já desmentiu a historia.

Em tempo: diretores criativos têm sido uma peça frequentemente substituída nos últimos tempos no mundo fashion. Atenção ao throwback: em 2015, Alber Elbaz se despediu da Lanvin e Alexander Wang da Balenciaga. Além de Raf Simons, que disse bye à Dior e hoje é um nome forte para ocupar a vaga de diretor criativo da Calvin Klein. Esse ano, também foi a despedida de Massimiliano Giornetti, que assinou seu último desfile para a Salvatore Ferragamo na NYFW. Por aqui, uma das grandes mudanças da moda recente foi a saída de Alexandre Herchcovitch da direção criativa de sua marca homônima.