Marcia Disitzer conversa com Mariana Salim, idealizadora do Experimente, do Rio Moda Rio, e discutem a força da geração consciente da nova moda carioca


Mariana Salim, que participa hoje de debate na Malha, é idealizadora e curadora do Experimente, espaço destinado a novas marcas do Rio Moda Rio, que volta em novembro, ainda listou algumas das marcas que mais tem chamado sua atenção ultimamente

*Por Marcia Disitzer

Nesta quinta-feira, às 18h30, na escola da Malha, tem debate que vai dar pano para manga. Isso porque o tema é Moda X Negócios. Entre os convidados, está a consultora e stylist Mariana Salim, idealizadora e curadora do Experimente do Rio Moda Rio, que terá a sua segunda edição em novembro. Além de Mariana, participam Aline Tassar, da Bossa Social, e Guilherme Gaspar, da Armadillo. Na mediação, André Carvalhal, sócio-fundador da Malha. A entrada é franca.

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Mariana Salim (Foto: Leonardo Uzeda/ Suspiro)

O Experimente surgiu da curiosidade natural de Mariana de ir atrás de novas marcas com novas propostas. “Percebo há algum tempo uma mudança no consumo. Procura-se por novidades, mas existe uma vontade cada vez maior de se praticar o consumo consciente. As pessoas querem comprar moda de uma marca que tenha uma história para contar, com cunho social e sustentável”, analisa ela. E foi pensando nestas empresas menores, que promovem o chamado slow fashion, que Mariana idealizou o Experimente. “O Rio Moda Rio entendeu a importância desta ideia. Nenhum evento de moda relevante pode estar fora desta onda”, afirma.

Os integrantes da primeira edição do projeto Experimente do Rio Moda Rio (Foto: Markos Fortes)

Os integrantes da primeira edição do projeto Experimente do Rio Moda Rio (Foto: Markos Fortes)

Na primeira edição do Rio Moda Rio, em maio, o Experimente contou com 18 etiquetas selecionadas por Mariana. A missão pareceu natural para ela, que curte pesquisar marcas que acabaram de ser lançadas, adora frequentar eventos de novos criadores, além de organizar o Suspiro Pop Up. Suspiro é o nome do estúdio/escritório de Mariana, localizado em uma bucólica rua da Gávea. De tempos em tempos, ela convida cinco novidades do circuito de moda carioca e promove uma venda entre amigos. “Muitas destas grifes nasceram online, não têm ponto de venda fora da rede e sentem falta do contato físico com os seus clientes”, explica Mariana, que frisa a importância de valorizar a produção local.

“Sou fã do movimento encabeçado por Renata Abranchs, do site RIOetc, o #feitonobrasil”. No Experimente, ela usa toda esta expertise. E tem dado muito certo. “Apesar de não ser habitual sair de um evento de moda com sacolas de compras, as marcas venderam muito bem na primeira edição do Rio Moda Rio. A venda é direcionada apenas para o consumidor final”, diz. “Na próxima edição, vamos dar espaço para outras 18 marcas”, emenda.

Além do Experimente, Mariana desenvolve um projeto de reutilização de roupas, usando o conceito de upcycling, para o Rio Moda Rio. “Quero difundir esta filosofia para o grande público. Estou costurando uma parceria com a Casa Geração Vidigal. A ideia é que os alunos de lá customizem e vendam estas peças”, conta. Para quem não aguenta esperar a segunda edição do Rio Moda Rio e as novidades do Experimente, segue a relação das marcas que a Mariana Salim adora:

Paolla Falcão: “Bijus com design e preço acessível. Quando quero um brincão, eu ligo para ela”.
Sal: “É uma marca genuína. A estilista Marcella Brit cria o que precisa usar para surfar. Não sou surfista, mas amo os maiôs de manga longa, que podem ser usados na praia e na rua”.
Mig Jeans: “As estilistas Isa Maria Rodrigues, Mayra Sallie e Luana Depp trabalham com o conceito de upcycling, reaproveitam o e transformam o jeans em peças incríveis. E têm visão comercial”.
Svetlana: “É a primeira marca vegana do Brasil. Adoro as estampas e as cores”.
Cauli Brand: “Bolsas artesanais de macramê sem cara de feirinha”.
Amú: ““ A marca de beachwear de Amanda Mjuica tem estampas muito maneiras e moda fresca, que tem tudo a ver comigo”.
Haight: “Moda praia minimalista, assinada por Marcella Franklin. A modelagem é superconfortável”.
Nannacay: “O pompom virou febre, mas elas estão nessa há muito tempo. Adoro as cores das bolsas. E a grife tem um foco social muito bacana”.

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