Day 4: último dia de DFB Festival 2017 tem resultado do concurso dos Novos Talentos e desfile sensorial com pé na areia fechando a maratona fashion


Ontem, a passarela do DFB Festival 2017 recebeu as criações de mais quatro universidades de moda do Brasil no concurso dos Novos Talentos e dos estilistas Ricciardo Gomes, Jefferson Ribeiro, Ronaldo Silvestre, Weider Silveiro e Paula Pinto Villas-Boas, da grife Bikiny Society

Dragão Fashion Brasil Festival 2017

Chegou ao fim mais uma edição do Dragão Fashion Brasil Festival aqui em Fortaleza. No ano em que o evento idealizado e comandado por Claudio Silveira completou a maioridade, desfiles autorais e plurais, show e diversas experiências fashionistas dominaram a capital do Ceará. E, no último dia, o panorama não poderia ser diferente. Ontem, a passarela do DFB Festival 2017 recebeu as criações de mais quatro universidades de moda do Brasil no concurso dos Novos Talentos e dos estilistas Ricciardo Gomes, Jeferson Ribeiro, Ronaldo Silvestre, Weider Silveiro e Paula Pinto Villas-Boas, da grife Bikiny Society.

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Para iniciar o quarto e último dia do evento que é a maior celebração da moda autoral da América Latina, foi a vez dos futuros estilistas apresentarem suas criações na passarela do DFB Festival 2017. No concurso dos Novos Talentos, alunos de mais quatro universidades de moda do Brasil desfilaram suas visões fashionistas sobre o Peru, país homenageado desta edição do DFB Festival 2017 e que serviu de inspiração para os jovens talentos. No sábado, depois de outras quatro universidades já terem desfilado na sexta-feira, foi a vez da Faculdade Santa Marcelina e do SENAI Antoine Skaf, de São Paulo, da UFMG, de Minas Gerais, e da UNIFOR, do Ceará, dominarem a passarela.

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Com diferentes traduções e propostas sobre o tema, as apresentações se destacaram pela pluralidade criativa. A Faculdade Santa Marcelina, por exemplo, apostou em tecidos super pesados e na madeira como complemento da coleção. Como tendência, os alunos combinaram babados e plissados nos looks que, em relação às cores, passearam principalmente pelos tons pastel, verde e vermelho.

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Já o SENAI Antoine Skaf trouxe os pompons como destaque da coleção. Em um desfile que foi marcado pelo volume dos modelos, os alunos de São Paulo também incorporaram às roupas um pouco de geometria nas aplicações de alguns looks. Na paleta de cores, o SENAI Antoine Skaf traduziu o Peru em tons mais neutros pontuados com detalhes em cores mais quentes e até cítricas, como verde e laranja.

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Quem também investiu em cores fortes foi a equipe da UFMG, de Minas Gerais. Na coleção batizada de “La Puta Madre”, que trouxe a instigante fronteira entre o sagrado e o profano, os alunos apostaram em um contraste do preto com tons vibrantes. Nos looks, que traziam uma vibe meio dramática, a universidade também combinou a religiosidade de forma desconstruída, com o uso de terços e cruz.

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Por fim, a UNIFOR, do Ceará, apresentou a coleção “El Suelo Secreto” que, assim como a Faculdade Santa Marcelina, também investiu em tecidos pesados. Desta forma, os alunos alcançaram uma aparência mais quente e rígida. Para a leveza da apresentação, as franjas e os pompons representaram esse contraponto. Em relação às cores, a UNIFOR passeou por diversas tonalidades de cores mais terrosas e pastel.

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Com as oito faculdades de moda tendo apresentado suas criações em dois dias de DFB Festival 2017 foi a vez de Claudio Silveira anunciar os três primeiros colocados, de acordo com a opinião do júri convidado. No concurso que valoriza e fomenta a produção de moda autoral e, principalmente, dá visibilidade para os novos talentos ainda dentro dos cursos e universidades, a coleção campeã foi a assinada pelos alunos do Centro Universitário João Pessoa, da Paraíba, que se apresentaram na sexta-feira. Em segundo lugar, ficou a UNIFOR, do Ceará, e, em terceiro, a Santa Marcelina, de São Paulo.

Depois da euforia do concurso dos Novos Talentos, veio a dramaticidade de Ricciardo Gomes. Inspirado pela ideia de “Contos que não são de fadas”, o estilista apresentou uma coleção um tanto quanto sombria, que começou com uma modelo toda coberta, inclusive o rosto. Por toda a apresentação, que trouxe um veludo super pesado como tecido principal, um detalhe costurou a maioria dos looks: alfinetes dourados presos às roupas. No entanto, apesar desta proposta menos lúdica dos contos de fada de Ricciardo Gomes, o estilista também destacou a renda em tom rosé como contraponto da apresentação. Nas cores, Ricciardo ainda apostou no preto, azul, terra, verde e vermelho.

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Por outro lado, para Jeferson Ribeiro, o rosa foi a cor símbolo do desfile. Combinado com preto e branco, o tom esteve presente em boa parte da apresentação do estilista no último dia de DFB Festival 2017. Em uma coleção que valorizou a leveza e o movimento na passarela, Jeferson investiu na tendência do comprimento midi em quase todos os looks apresentados. Em relação aos tecidos, o estilista combinou o novo queridinho veludo molhado com renda e jeans, que apareceu de uma forma super leve. Outro destaque no desfile de Jeferson Ribeiro foram os recortes mais cavados em algumas peças e o volume dos ombros, que ganharam estruturas localizadas em jaquetas cropped.

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Seguindo o line-up, foi a vez da linearidade de Ronaldo Silvestre. Como parte de sua identidade fashion, o estilista trouxe mais uma vez este visual para a coleção em interpretações variadas. Com alusão, inclusive, à arquitetura, as peças apresentaram um contraponto fashion entre o movimento e a rigidez. Para isso, o estilista passeou por tecidos mais densos e outros mais leves, combinando com o uso da transparência, que também se destacou na coleção. Nas cores. Ronaldo Silvestre apostou na combinação de preto, marinho, branco, verde, vinho, azul e amarelo.

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Destaque do dia, Weider Silveiro explorou um mood da dança espanhola de forma nada óbvia. No desfile que passeou por tons de azul e branco, com um super destaque para o jeans, os babados, veludo, rendas e brilhos ganharam novas versões em propostas mais descontruídas. Com comprimentos alongados e oversized, o estilista mergulhou na apropriação do cenário fashion para a sua apresentação. Mais do que explorar determinada tendência, Weider a traduziu de forma inovadora, como no uso das jaquetas pela lateral do corpo ou caídas sobre os braços. Outros elementos que se destacaram em boa parte da apresentação foram os círculos, aplicados em paetê nas roupas, que garantiram o brilho e a geometria do look.

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Por fim, foi a vez da grife Bikiny Society fechar a 18ª edição do DFB Festival 2017, e em grande estilo. Em um desfile sensorial que buscava explorar a ideia de pé no freio para a passarela cearense, a estilista da marca, Paula Pinto Villas-Boas, trouxe areia para o catwalk. Com os pés, literalmente, quase na praia, a apresentação de beachwear ganhou ainda mais força e destaque na coleção que, por si só, já seria um sucesso. Para a próxima estação, a Bikiny Society apresentou uma apaixonante combinação da lycra tradicional com o couro, que costurou boa parte da coleção. Combinado ao branco ou ao preto, o tom amarronzado do tecido também apareceu sozinho em modelos com recortes mais tradicionais ou modernos. Por falar nas cores, o coral e o azul também ganharam espaço na coleção desenvolvida por Paula Pinto Villas-Boas. Para a estilista da Bikiny Society, o próximo verão também irá manter a tendência do body e maiô com a lateral cavada e as costas decotadas. Mais que isso! No desfile de ontem, a estilista incorporou o recorte moderno, inclusive, às roupas da coleção.

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Depois de uma super maratona de desfiles durante os quatro dia de evento e de ver de perto o fôlego da moda autoral dos talentos da nova geração do cenário fashion brasileiro, só nos resta celebrar a energia do Ceará. Como a própria edição comemorativa do Dragão Fashion Brasil reforçava a todo momento, “viva essa festa”!. Até ano que vem, DFB Festival.