#SaiaDaCaixa de Helen Pomposelli com a fotógrafa hype em NY Thais Aquino: “Não nasci com esse dom e descobri conforme fui me autoconhecendo”


Minha vida já virou vários ciclos, fiz faculdade Comunicação Visual na PUC no Rio e, formada em design gráfico, comecei a trabalhar na Globosat por um ano e meio. Mas não conseguia ficar mais na frente no computador, descobri que eu não queria mais fazer isso na vida. Tive marca de roupa, comecei a fazer criações para fazer as fotos. Ai, me mudei de vez. Sempre gostei de NY, aprendizado, abandonando uma carreira e buscando outra. NY foi a minha melhor saída”, contou Thais, em papo com Helen Pomposelli sobre sua trajetória

*Por Helen Pomposelli

Não é fácil morar longe da família, quanto mais quando a escolha é num país onde o inverno é bastante rigoroso, porém quando se fala em sonhos e conquistas, não se mede o que você pode fazer para alcançar… O Saia da Caixa de hoje fala de sonhos, busca de autoconhecimento e realidades. Para isso, conversei com a fotógrafa cuiabana Thais Aquino , de 27 anos, libriana, recém chamada pela atriz Jéssica Alba, que se encantou pelo trabalho, para fotografá-la para um trabalho, em Los Angeles, que continua sendo a menina sonhadora. Quando nasceu, Thais, morou em Cuiabá até os 11 anos, depois foi para o Rio e, mais tarde, se jogou em NY, numa manobra profissional. Esse mês, a fotógrafa está imersa no inverno novaiorquino e aproveita para se reconectar.

Mas Thais não é tão cosmopolita assim, passou o Natal na Bahia com a família e depois foi de férias com amigos para Cumuruxatiba, vilarejo de pescadores próximo à Caraíva, onde se conectou com a natureza, coisa que procura sempre quando está no Brasil. De lá foi direto para uma tempestade de neve em NY, num frio intenso e ainda sem saber o que iria fazer da vida, pois estava aguardando a resposta da embaixada do pedido de seu visto de artista, que depois de acumular alguns méritos em sua carreira, dá a liberdade de trabalhar como artista, ou seja, para Thais, como fotógrafa. “NY e fotografia foram duas coisas diferentes na minha vida: A fotografia começou com meus vinte e poucos anos. Não nasci com o dom da fotografia e descobri conforme fui me autoconhecendo. A princípio era uma maneira como eu queria me expressar. Através da fotografia eu encontrava a linguagem necessária. Minha primeira ida a NY, foi aos quinze anos para estudar ballet clássico. Me apaixonei pela cidade e quando voltei já sabia que um dia iria voltar pra morar novamente”.

A fotógrafa trabalha comercialmente para granes nomes nas redes sociais. “As grandes marcas investem muito dinheiro em fotografias para posts de Instagram. Muitas marcas apostam em modelos vestindo roupas da marca, andando pela cidade, mostrando o lifestyle em NY, moda e beauty. Hoje em dia, o meu portfólio é totalmente social media, um grande investimento em modelo, estilista, maquiador, indo para o feed de uma marca de roupa” , explica Thais, que já expôs seus trabalhos na galeria Art Fusions Galleries, em Miami, nas galerias BWAC, The Hamptons e East End Arts, ambas em NY, fotografou para as marcas Bloomingdale’s, Garnier, Veuve Clicquot, Menswearhouse, St-Germain, Joseph Abboud, Maltesers, The Honest Company e Zico Coconut Water.

“Minha vida já virou vários ciclos, fiz faculdade Comunicação Visual na PUC no Rio e, formada em design gráfico, comecei a trabalhar na Globosat por um ano e meio. Mas não conseguia ficar mais na frente no computador, descobri que eu não queria mais fazer isso na vida. Tive marca de roupa, comecei a fazer criações para fazer as fotos. Ai, me mudei de vez. Sempre gostei de NY, aprendizado, abandonando uma carreira e buscando outra. NY foi a minha melhor saída”, diz Thais que agradece por ter sempre a família dando apoio, apesar de ninguém ser do ramo artístico.

“Um dos maiores desafios é entender qual o nicho artístico que quero fazer, me reeducando, me entendendo, meu corpo, minha espiritualidade e, no futuro, trabalhar como fotógrafa no Brasil, pois sinto muita saudade do país. Quero trabalhar com empresas que curto e tenho afinidade. Aqui em NY, tenho que sempre que pensar na minha rotina focada no que eu realmente quero. A cidade te come viva! Acho que o maior desafio é dizer não para alguns clientes, focar naquilo que acredito como estética. Seria muito fácil aceitar trabalhos que não tem a ver por causa do dinheiro, a cidade te faz pensar em dinheiro por ser capitalista e cara. Além disso, não estar próxima da natureza é ruim, então é um grande desafio saber de onde você está tirando essa energia, de uma cidade que te consome , mais do que te oferece energeticamente”.

Conselho para “sair da caixa”? “Não fazer a mesmice do que as outras pessoas estão fazendo nas redes sociais. Ouvir seu coração, ver o que te faz mais paz e calmaria. Antes de fazer uma grande mudança na sua vida é bom eliminar, ou seja, praticar o minimalismo, como doar todas as suas roupas, tirar tudo do quarto, faz pensar diferente como uma nova pessoa. Faz te renovar constantemente”. Anotado!