Exclusivo! Colhendo os louros do “maior personagem de sua vida”, Sérgio Marone conversou com HT e falou sobre “Os dez mandamentos” e muito mais!


O ator falou sobre as mudanças na RecNov com a contratação da Casablanca e não fugiu das polêmicas a respeito dos pastores incentivarem os fiéis a comprar ingressos do filme e suas investidas como produtor e empresário

O rosto dele é conhecido por todos os brasileiros desde o começo dos anos 2000, quando estreou em seu primeiro personagem na TV Globo. De lá para cá, muitos trabalhos vieram para Sérgio Marone. Atuando ou apresentando programas, ele sempre foi muito querido pelo grande público, mas foi em 2015 que Sérgio viu sua carreira chegar ao ápice. E em seu primeiro papel fora da Globo. Em “Os dez mandamentos” ele interpretou o faraó Ramsés e comoveu o país na primeira trama bíblica brasileira. O sucesso foi tão estrondoso que a novela virou filme e, nessa quinta-feira, 28, estreou nos cinemas de todo o país. (Leia também tudo sobre a estreia do filme). Aproveitamos o momento para bater um papo sincero com Sérgio, que falou da experiência com o personagem, do lado empresário com o lançamento da nova linha de óculos sustentável Ybirá + Sérgio Marone, da paixão pelas causas ambientais e não fugiu de nenhuma polêmica – como a de que os pastores estariam estimulando fiéis a conferirem o filme. O ator revelou, ainda, seus projetos para esse ano – que inclui três filmes no cinema e um programa na Record como apresentador. Quer saber tudo? Vem com a gente e veja como Sérgio conquistou e continua conquistando tantos fãs ao redor do país!

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(Foto: Divulgação)

HT: Você esperava o sucesso de “Os dez mandamentos”?
Sérgio Marone: Esperava que fosse sucesso, mas não esse fenômeno. Se tornou uma coisa de louco. Nunca vi isso na minha carreira e nem na vida. De uma novela que não fosse da Globo se tornar essa comoção. Teve “Pantanal”, mas não concorria com os produtos mais fortes da Globo que são o “Jornal Nacional” e a novela das 21h. É diferente abrir dez pontos de vantagem na novela das 21h da Globo. Obviamente estou feliz, orgulhoso, a nossa novela superou todas as expectativas. Além disso, foi o maior personagem da minha vida, sem dúvidas. Tive ótimas oportunidades na TV Globo e sou muito grato, mas, ironicamente, meu primeiro personagem fora da emissora sem dúvidas vai ficar marcado como o maior da minha carreira.

HT: Realmente está confirmada a continuação de ‘Os dez mandamentos’? Você vai estar? Quando começam as gravações?
SM: Sim, mas não vou estar. O Ramsés volta para o Egito para reconstruir e a história da continuação é com Moisés e o povo hebreu caminhando pelo deserto. Mas é claro que estou curioso para ver no ar, com meus colegas. Agora, quero ficar um tempo de férias de novelas.

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Sérgio Marone interpretou o faraó Ramsés (Foto: Reprodução/TV Record)

HT: De novela?
SM: Sim. Meu foco é outro: a linha de shows. Estou desenvolvendo um projeto e a Rede Record vai me dar a oportunidade esse ano. Apresentei um projeto no final do ano passado. A direção pediu alguns ajustes e vou reapresentar logo depois do Carnaval. Não posso adiantar, porque ainda não estamos com a ideia 100% aprovada. Tem que ver com a emissora quando eu começo a falar sobre o programa. O formato tem uma pegada de reality, mas é com um conteúdo que agrega, que, de certa forma, a solidariedade e generosidade. Queremos estimular esse espírito de ser o protagonista da mudança que cada um quer ver no mundo.

HT: Fale um pouco sobre o filme ‘Os dez mandamentos’. Qual a diferença em relação à novela? O que os fãs do folhetim podem esperar de inédito?
SM: Tem uma cena linda do embate de Moisés e o irmão. Guilherme (Winter) e Petrônio (Gontijo) arrasaram demais. O filme não tem o triângulo amoroso com a Nefertari (Camila Rodrigues), é um filme de duas horas. Não dá para contar todas as histórias abordadas na novela, obviamente. Então, focaram na trama de Moisés e Ramsés e mostram desde o bercinho no rio, o crescimento no palácio, as batalhas que enfrentam juntos e, de repente, Moisés começa a ter os chamados dele. O que as pessoas podem esperar ver na telona é mágico, diferente. Me emocionei duas vezes no filme. Achei que não fosse acontecer, já que eu já vi a novela, fui parte integrante. O público tem que ir sabendo que todas as emoções que sentiram na novela vão ser amplificadas na telona em duas horas. Não tem um momento que fica cansativo. Tem muita ação e conflitos.

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Sérgio Marone e Camila Rodrigues em cena da novela “Os dez mandamentos” (Foto: Reprodução/TV Record)

HT: É uma das primeiras vezes na história da dramaturgia brasileira que uma novela vira filme no cinema. Qual a expectativa?
SM: Só por isso já é incrível. É a coroação do sucesso. Além disso, é a primeira vez na história do cinema mundial que um filme brasileiro aborda os dez mandamentos. A história já foi contada duas vezes, um deles, o “Êxodo: Deuses e Reis”, de Ridley Scott, foi uma produção hollywoodiana. Agora, tem a versão brasileira que conta até melhor que o filme do Scott, que, na minha opinião, deixa a dever como história. As pessoas ficaram órfas da nossa novela e o filme foi uma iniciativa linda da Paris Filmes e da Downtown Filmes. Rolou identidade e elo emocional.

HT: O filme já era sucesso de bilheteria antes mesmo da estreia. É uma marca inédita na história da exibição brasileira. Eu soube que jamais um filme – brasileiro ou internacional – alcançou números tão expressivos em pré-venda. Com este total de ingressos vendidos, mesmo antes de estrear, ‘Os dez mandamentos’ já está entre as 20 maiores bilheterias do cinema nacional nos últimos 10 anos. O que tem a comentar?
SM: Eu só comemoro, não me senti pressionado em nada. Só essa marca já é incrível. Então, lógico que eu adoraria que ficasse entre os cinco filmes mais vistos do cinema brasileiro e realmente acho que tem todos os ingredientes para isso. Mas pressão não existe, pelo menos da minha parte. Já fizemos história tanto na TV como no cinema. Se for, ainda, recorde de bilheteria, é mais um motivo para comemorar.

HT: Vocês derrotaram a Rede Globo na audiência várias vezes. Acha que as novelas bíblicas são um caminho a se explorar? Por que isso aconteceu? O povo cansou de ver violência na televisão? Acha que tem a ver com o momento que o país vive?
SM: Precisa ter cuidado ao falar isso. Não acho que o sucesso foi porque é bíblica, mas pelo poder da história que foi contada. Antes de ser bíblica é épica, tem acontecimentos épicos: as pragas, o Mar Vermelho. Acho errado pensar que qualquer novela bíblica vai repetir o sucesso de “Os dez mandamentos”. Não gosto nem do termo ‘novela bíblica’, prefiro dizer que foi a primeira novela épica. O público quer histórias boas, grandiosas, fascinantes, que saiam do lugar comum, do cotidiano que as novelas têm explorado muito. A não ser que sejam retratadas de formas diferentes como foi com “Conselho tutelar”, da TV Record, e “Verdades secretas”, da Globo, que foram abordadas de outras maneiras.

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Sérgio Marone na pele de Ramsés (Foto: Reprodução/TV Record)

HT: Mas Sérgio, há uma sensação boa em bater a Globo, não?
SM: Claro, é maravilhoso porque é bom para o mercado no geral. O que vinha de colegas meus da Globo me parabenizar, dizer que estavam torcendo foi incrível. É saudável para o mercado. Infelizmente moramos em um país de mercado monopolizado. Mexer com as estruturas disso é uma sensação muito melhor do que simplesmente ‘passar a Globo’, sabe? É uma mudança de paradigmas, de gente que nunca tinha visto novela e viu. Isso é o que me dar mais orgulho. Receber parabéns dos meus colegas das outras emissoras prova essa importância da concorrência saudável.

HT: A Casablanca assumiu a RecNov (estúdios de gravação da TV Record). O que mudou na prática? Como ficaram os contratos? Como é o clima?
SM: Não sei te falar muito em relação a isso, porque não estou gravando. Na realidade, nem eles estão gravando ainda. Quem fez “Escrava mãe” é que pode falar melhor. Eu não tive contato com ninguém ainda e sei que, a princípio, não mudou nada no meu contrato. Não assinei com a Casablanca, continuo funcionário da Record. Sei que eles vão terceirizar a partir de agora. O que muda na prática eu realmente não sei, só quando começar a gravar. Eles vão assumir a dramaturgia. Em relação ao meu programa de shows, não vai ser a Casablanca.

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(Foto: Divulgação)

HT: Diversos portais de notícias recentemente criticaram o pastor da Universal que recomendou a todos os fiéis verem o filme. Você soube disso? O que achou?
SM: Não soube disso, mas acho que existe uma perseguição com a igreja. Acho absolutamente normal a igreja fazer propaganda do filme nos cultos. A Globo também usa os veículos que tem para divulgar todos os produtos da casa, a editora Abril usa uma revista para falar da outra. É normal isso, não vejo nada demais. No culto, vai e compra quem quer, ninguém bota uma arma na cabeça de ninguém. Não entendo essa perseguição, isso de criar notícia ou fazer duas páginas de revista falando sobre isso. Vejo matérias de jornal de pessoas que ficaram em filas de três horas para comprar ingressos do filme e não é possível que isso seja armado. Melhor do que ter três milhões de ingressos vendidos é ler notícia de que tem gente enfrentando essas filas para comprar. Essa vontade é muito mais legal do que números!

HT: Vocês tiveram medo de boicotes religiosos, por se tratar de uma novela de tema predominantemente evangélico?
SM: Não, nunca pensei nisso. Estamos contando uma história linda. Católicos, judeus, espíritas, todo mundo gosta se a história emociona. A religião fica pequena perto disso. O poder de uma boa história vai além. Além disso, todas as religiões se fazem em cima de uma grande história. Eu treino em uma academia frequentada por classe A e B e vem judeus, católicos falar comigo. Minha família é católica e todos amaram o filme. A novela conseguiu um público nada segmentado, mas bem diversificado. É um filme pra quem quer conhecer e ouvir boas histórias e se emocionar.

HT: Mudando de assunto: você lançou uma linha de óculos, a Ybirá + Sérgio Marone, toda em imbuia e cedro e com certificado pelo Documento de Origem Florestal. Você é super a favor das causas pela preservação da natureza, não é?
SM: Eu sempre gostei de batalhar pelo meio ambiente, sempre tive um olhar atento em relação a isso. Fiz o movimento “Gota d’água” para impedir a construção da Usina de Belo Monte. Como dizíamos no vídeo, era um negócio de superfaturamento, que continua a palhaçada, como tudo no Brasil. Conseguimos um milhão de assinaturas em um semana. Em um mês, eu estava no Palácio do Planalto e a presidente Dilma convocou três ministros para nos receber. É histórico isso no país. O vídeo teve um apelo muito forte. Tinha senso de humor, ironia. A minha história com Ybirá começou através de uma amiga minha. Eu conheci a marca, me interessei muito e quis desenvolver um produto. São óculos de cedro e imbuia com várias cores de lentes diferentes. A ideia é que seja leve, esportivo, fino, então dá para usar com terno, camisa, bermuda. É versátil e clássico, clean e sexy e respeita o ambiente. Queríamos fazer uma coisa orgânica, que tivesse a ver com a minha filosofia de vida, então chegamos em um produto totalmente feito à mão e com madeira de reflorestamento. A ideia é plantar semente de conscientização. Sempre tento isso através do meu poder de comunicação. Tento transmitir consciência de que temos que salvar o planeta, mas também a humanidade, sermos solidários. Não sobrevivemos sem solidariedade ao meio ambiente. Eu amo a natureza mesmo. Moro na Gávea em um lugar que tenho a Floresta da Tijuca inteira “para mim”. Ela fica o dia todo conversando comigo através dos sons e barulhos.

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(Foto: Divulgação)

HT: Você também participa de trabalhos de ONGs como a Green Building Council, Amazon Watch, Green Peace. Qual a sua função nessas ONGs?
SM: Na verdade, eu fiz uma campanha chamada ‘Telhado branco’ com a Green Building Council em que incentivava as pessoas a pintarem os telhados de suas casas de branco, porque é uma das atitudes que tem mais comprovação que age contra o aquecimento global. O branco reflete a luz para cima e faz absorver menos calor. Queria ajudar a divulgar essa campanha. Eu tenho relacionamento ótimo com as pessoas da ONG. Sou consultor para coisas específicas. Por exemplo, eles queriam fazer uma campanha para o Recnov muito por conta do “Gota d’água” que virou referencia em relação a ativismo com entretenimento. É um pouco por conta disso que eu recebo consultas de outras ONGs, como o Green Peace e a Amazon Watch.

HT: Essa linha de óculos é um pontapé para um lado empresário?
SM: Sim. Eu tenho vontade de lançar cada vez mais produtos que comuniquem ou a minha filosofia de vida, de consumo, que é uma coisa mais sustentável. Não acho que as pessoas têm que ter milhares de coisas, mas poucas e boas que durem anos. Esse é também o mote da minha linha com a Ybirá. Tenho vontade de lançar outros produtos que já estou começando a pensar. Já selecionei estampas que quero ver em camisetas, por exemplo. Tenho meu blog de lifestyle, o Mr Jazzy, que pretendo transformar em uma marca de produtos. Mas também quero usar a marca SM Sérgio Marone e ter algo mais voltada para os meus fãs. Ainda estou começando, mas miro muito nas pessoas de fora, que acabam desenvolvendo linhas de produtos pensando nisso. Acho que todo fã gostaria de ter uma caneca, por exemplo, com uma identificação do seu ídolo. Me interessa criar e disponibilizar.

HT: Sérgio, e o seu canal no Youtube? Você fez uma espécie de série “Egito por Sérgio Marone” em que narrou toda a sua saga no Egito em vídeos e falou da experiência. Como foi essa ideia? Você pretende investir nesse ambiente virtual?
SM: Foi para aproximar do publico, na verdade. A novela foi tão abraçada que eu queria fazer algo assim. Eu sou muito fascinado pelo Egito desde a época da escola. Quando fiz a novela, falei com a embaixada e eles me deram uma infra-estrutura muito legal. Levei dois amigos meus para a viagem e um deles, o Gabriel Ludgero, opera drones como ninguém. A Livian Valias ficou responsável pela produção executiva. Eu me senti na obrigação de dividir com os fãs essa experiência, foi um presente para coroar o trabalho. Eu queria viver aquilo, estar lá e compartilhei isso. A aventura foi que nós não contávamos com a astúcia de os drones serem proibidos no país, por se tratar um equipamento de espionagem. Tivemos dor de cabeça! Qualquer embarque tínhamos que explicar umas três ou quatro vezes, era um parto. Quando conseguíamos subir o drone, tinha que ser quase que escondido. O fato é que consegui, pela primeira vez na história, sobrevoar o Templo de Luxor e o Templo de Karnak. São templos de quatro mil anos, que começaram a a ser construídos em 2 mil antes de Cristo. Nunca uma ‘flying cam’ havia sobrevoado aqueles espaços. Eu pedi autorização especial para o coronel que era “big boss”. Disse que era Ramsés (risos). Consegui convencê-lo a autorizar, ele foi com a gente, vendo, babando com as imagens que a gente já visualizava pelo celular. Fiz um material despretensioso e incrível que está no canal no Youtube, os fãs estão amando. Eu pretendo, sim, fazer mais projetos no Youtube. Acho que em breve vou ter que migrar para o R7 play. Mas quero, sim, investir na internet. É uma maneira de me aproximar do público, mostrar como sou. É o que eu quero fazer na linha de apresentador. Já vale como um treinamento.

HT: Com esse novo programa de shows, pretende deixar a atuação de lado?
SM: Não! Quero fazer os dois. Mas, na TV, quero focar na linha de shows. Sempre tive vontade e já tive boas oportunidades. Apresentei a série “Florestabilidade” no Canal Futura, já fui apresentador do Miss Brasil na Band duas vezes, mas nunca tive um programa meu em canal aberto. Posso até estar na televisão como ator fazendo coisas pontuais. Novela dá um trabalho que não imaginam! É árduo, de segunda a sábado. Quando se vive um personagem principal e se é um profissional sério, os domingos também são de trabalho, de estudo de texto. O meu último ano foi totalmente Ramsés, eu só tinha esse assunto na vida. Amo o que eu faço, mas já tem 15 anos, quero novos desafios. O Ramsés, por exemplo, foi um superdesafio que valeu a pena cada hora.

HT: Depois de “Os dez mandamentos – O filme”, você tem mais projetos no cinema?
SM: Sim. Estou produzindo “Jesus Kid” baseado em um romance do Lourenço Mutarelli, em que também vou atuar. Estamos em um momento difícil de captação, mas já sabemos que será dirigido pelo Aly Muritiba, que é um cara que vai estar à frente de seu primeiro long,a mas já tem vários curtas, ganhou incentivo do Festival de Sundance e é admirado em todo o circuito de festivais de cinema independentes. Esse filme tem uma pegada alternativa, o Lourenço Mutarelli tem essa característica. Ele é o autor de filmes como “O cheiro do ralo”, “É proibido fumar” e outros. O “Jesus Kid”, aliás, é a coisa mais pop que já li dele, para ser sincero. O Lourenço é um dos maiores romancistas brasileiros da contemporaneidade. Além disso, estou lançando o “Prometo um dia deixar essa cidade”, no qual sou coprodutor. O filme é do Daniel Aragão e é um tema atual. Atuo de novo com o Zécarlos Machado. Ele foi meu pai e, agora, namoro a filha dele. Esse filme também é alternativo, deve estrear direto digital. Não é circuito comercial, é cinema pernambucano, o mais original e autêntico do país atualmente. Eu morei três meses no Recife em uma quitinete, apareço de cabelo crespo e com entradas enormes, totalmente desglamurizado. A gente raspava com gilete. Não tenho problema com isso de beleza na tela. É maravilhoso, porque olhava no espelho e não me reconhecia. Gostei muito mais de ficar careca como Ramsés do que do visual do Hugo, meu personagem nesse filme. Com o Ramsés, de cabeça raspada, me achei totalmente pegável (risos). Tem também o “Bala sem nome” que eu fiz há dois anos atrás, dirigido e escrito pelo Felipe Cagno. Foi um longa rodado em 11 dias com R$ 25 mil e eu também sou coprodutor.

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Sérgio Marone posou com o diretor Alexandre Avancini e Guilherme Winter, o Moisés, na pré-estreia carioca de “Os dez mandamentos” no cinema (Foto: AgNews)

HT: Muitos atores tem ido por esse caminho da produção, não é? Por que você acha que isso acontece?
SM: Eu já fiz muito isso no teatro, estou nessa do “Jesus Kid” porque há anos eu estava querendo um romance bom para comprar direitos. Estou sempre pensando em trabalhos que me realizem e satisfaçam enquanto artista, porque, às vezes, acabamos fazendo coisas mais mercadológicas. Acho que a produção é um caminho para fugir disso.

HT: O que mais o atrai: cinema, TV ou teatro?
SM: Ah, cada veículo tem seu fascínio. A televisão me encanta pelo imediatismo e o poder de comunicação. O cinema é artesanal e imortalizado. O teatro é o único lugar onde somos donos da nossa cena. Amo o que eu faço, me comunicar e expressar não importa como e onde.