Gisele Bundchen à la Che Guevara, modelos e nativos no ritmo da conga e inspiração na ilha de Fidel: o dia que Cuba recebeu um desfile da Chanel


O desfile vem completar uma trinca de grandes acontecimentos desde o fim do embargo econômico

Vontade antiga do estilista Karl Lagerfeld foi sanada na noite desta terça-feira. A grife francesa Chanel realizou seu primeiro desfile na América Latina e logo em…Cuba. O evento acontece apenas pouco mais de um anos depois que o presidente americano Barack Obama anunciou a retomada de relações diplomáticas com a ilha de Fidel Castro, que vive sob o regime comunista desde 1959. O desfile vem completar uma trinca de grandes acontecimentos desde o fim do embargo: em março, o próprio Obama visitou o país, depois os Rolling Stones finalizaram a turnê “Olé” e agora a entourage de Lagerfeld baixou por lá – simultaneamente a chegada do primeiro cruzeiro turístico americano no porto da ilha. O burburinho já começou a ficar bom desde ontem, quando Gisele Bundchen anunciou sua chegada ao país, ao lado do marido, o jogador de futebol americano Tom Brady – o casal deixou de ir ao Met Gala ao optar por sentar na fila A do desfile da Chanel.

Gisele Bündchen chegando para o desfile da Chanel em Cuba (Foto: Reprodução/Instagram)

Gisele Bündchen chegando para o desfile da Chanel em Cuba (Foto: Reprodução/Instagram)

Pois bem. Gisele surgiu no Paseo del Prado – importante avenida -, na capital Havana, a bordo de um vestido vermelho, rasteirinha e uma boina na cabeça (teve quem viu no arremate do look uma referência direta ao “herói” da revolução, Che Guevera). Como toda a turma fashionista, a top chegou de carro aberto. Explica-se: todos os convidados foram levados ao evento em táxis cubanos, fabricados na época pré-revolução, todos coloridos, bem emblemáticos na cultura local. Falemos de moda: na Cruise Collection criada por Karl Lagerfeld, as boinas surgiram como acessório-chave, acompanhados de muitas estampas (ultracoloridas – Karl buscou nos carros e casas antigas de Havana a paleta) a-cara-de-Cuba (leia-se carros antigos e os dizeres “Coco Cuba Libre”). Percebe-se também um forte perfume plurissex, o genderless ou agender, como preferir, que é quando a verve fashion entrega um conceito de look sem gênero. E como o momento pede comemoração…a fila final do desfile foi procedida de uma performance de conga em que modelos e nativos se entregaram ao ritmo quente latino.

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