Caio Blat sai em defesa de José Mayer em festa de lançamento de “Os Dias Eram Assim”: “Foi uma brincadeira fora de tom. Não deveria haver nenhuma outra consequência.”


O ator considerou a posição de Zé Mayer “pertinente” e “brilhante” e classificou as ações do veterano como “uma brincadeira fora de tom totalmente inaceitável.”


O ator Caio Blat vai viver um dos personagens mais intensos da supersérie “Os Dias Eram Assim” da Rede Globo. Túlio será um ativista político que não se preocupará em tomar atitudes violentas para defender os ideais em que acredita e chegará a lançar uma bomba dentro de uma corporação. Já na vida real o ator preferiu aderir a uma postura diplomática e tentou botar panos quentes na polêmica envolvendo o ator José Mayer e as acusações de assédio que ele tem enfrentado. Depois de uma campanha feita por funcionárias da emissora, a direção geral decidiu afastar o veterano da escalação da próxima novela de Aguinaldo Silva. Blat considerou descabida a medida já que Mayer havia pedido desculpas publicamente em uma carta que ele adjetivou como “brilhante”:

“Ele foi brilhante na forma como se colocou hoje. O Zé Mayer é um cara que todos nós conhecemos e não é uma ameaça para ninguém. Ele pode ter brincado e todas às vezes que ele provocou essa moça parece que estava na frente de outras pessoas então não houve uma intimidação ou coação. Acho que foi uma brincadeira fora de tom que ele já reconheceu e que não deveria haver nenhuma outra consequência além de servir como exemplo para toda a campanha que já aconteceu. Ele reconheceu o erro e eu acho que é uma brincadeira fora do tom, totalmente inaceitável.”

Incoerências à parte, Caio também defendeu a luta das mulheres e considerou absurdo o fato das mulheres ainda sofrerem esse tipo de abuso: “Existe uma mudança de geração, uma tomada de consciência geracional. O que o Mayer falou hoje é totalmente pertinente. Muitas das brincadeiras que a gente ouve, a gente aceita porque sempre foi assim e só agora as mulheres estão tendo mais coragem para botar limites. A Maria (Ribeiro) passa por isso e divide comigo também. É muito complicado que as mulheres ainda tem que passar por isso principalmente quando existe uma relação hierárquica de trabalho. Tem que ser alertado e tem que haver uma mudança de comportamento.”

Já que o problema é geracional, Caio falou ainda sobre a sua preocupação em educar os filhos de uma maneira onde esses princípios machistas fiquem no passado: “Meus filhos já vem da escola com outra cabeça. Meu enteado de 14 anos é super feminista e ele fica triste quando vê que alguém mexeu com uma garota.”