Fabiane Pereira entrevista Patrícia Müller: a escritora e autora de novelas portuguesas que o Brasil precisa conhecer


Após se encantar com a escrita de Patrícia Müller, nossa colunista convidou-a para um café para saber mais sobre esta escritora sensível e genial. Em quase três horas de papo, confissões, assuntos aleatórios, arte e literatura, Fabiane Pereira resumiu um pouco da conversa para o site HT para que os brasileiros conheçam melhor esta autora portuguesa

*Por Fabiane Pereira

Linda, inteligente, divertida, mãe de dois miúdos, escritora e autora de algumas das novelas de maior audiência em Portugal. Patrícia Müller é daquelas mulheres que a gente quer ser amiga assim que conhece. Elegante, talentosa e extremamente carismática, Patrícia, fã da novelista Glória Perez – “acho a Glória um gênio, excessivamente criativa” – , acaba de adaptar a história de seu primeiro livro, “Madre Paula”, para a televisão – a série já está sendo gravada e vai estrear na TVI nos próximos meses.

Formada em Comunicação Social, Patrícia Müller trabalhou na revista “Elle” antes de estrear na televisão em 2000 e desde então já escreveu filmes, séries e novelas. Em 2014, após anos escrevendo para o áudio visual, Patrícia resolveu se aventurar na literatura e lançou “Madre Paula” (editora Leya), seu livro de estreia que, de imediato, chamou a nossa a atenção por sua bela capa – uma mão segurando um terço sobre um colo nu.

Ao descobrir a relação de Dom João V, o Magnânimo – aquele cujo longo reinado, 43 anos, foi abastado graças a exploração de ouro no Brasil e de diamantes na África -, com uma freira de Odivelas (cidade portuguesa localizada na região metropolitana de Lisboa) num livro antigo, Patrícia apaixonou-se pelo fato desta história improvável ter tornado-se um amor intenso e a transformou em um belo romance.

Após o sucesso de vendas e críticas de seu primeiro romance, Patrícia lançou ano passado o também ótimo “Uma Senhora Nunca” (editora Quetzal) em que narra a história de Maria Laura, uma mulher nascida em berço esplêndido que perde tudo após a Revolução dos Cravos, em 1975. Podemos dizer, quase que instintivamente, que as protagonistas de suas histórias são mulheres. E são muitas as mulheres que a inspiram, como a escritora Augustina Bessa Luis. “Pra mim, a maior escritora portuguesa viva. E ela sempre escreveu em casa, como eu.”

Já que falamos da Revolução dos Cravos, hoje, 25 de abril, comemora-se o Dia da Liberdade e milhares de pessoas saem, por aqui, às ruas para celebrar o fim de um dos períodos mais difíceis da história de Portugal. Este é o primeiro “25 de abril” que passo na terrinha. Por isso, após me encantar com a escrita de Patrícia Müller, convidei-a para um café e quis saber mais sobre esta escritora sensível e genial. Passamos quase três horas entre confissões, assuntos aleatórios, arte e literatura. Neste espaço, tento resumir um pouco deste papo e convido vocês a conhecerem melhor esta autora portuguesa que, espero, muito em breve, esteja estrelando suas histórias nas telinhas brasileiras.

ps: Os livros de Patrícia Müller ainda não foram lançados no Brasil (alô editoras!!) mas como estou na “ponte aérea”, quem quiser lê-los, pode “encomendar” comigo 😉

Fabiane Pereira: Quando a escrita entrou profissionalmente em sua vida?
Patrícia Muller: Eu comecei a ler. Acima de tudo eu acho que um escritor começa a ler. Portanto comecei a ler desde muito nova. E assim que comecei a ler, li muitos livros e tive sorte porque minha família me ajudou muito nesta parte. Eles compravam dezenas de livros e me davam acesso à literatura de todos os tipos – infantil, juvenil, aventura, ficção científica, crime, terror…Eu tinha 6 ou 7 anos quando comecei a ler e desde esta época sempre gostei muito não sei explicar por que. Não gostava de praticar esportes, aos 10 anos, entrei na aula de dança e comecei a dançar e também gostei muito. Mas o que sempre gostei mesmo foi de ler. Meus pais não eram diretamente ligados à literatura, são arquitetos. Mas meu avó era bastante. Além disso, tenho um tio-avó que foi um grande escritor português, o Adolfo Simões Muller, que era pai da minha avó materna. Meu avó também escrevia muito bem e sempre houve muitos livros em casa e na casa da minha avó. Passado um tempo, já adolescente, acho que foi uma coisa natural que da leitura tenha passado para uns ensaios de escrita. Cheguei a escrever umas coisas horrorosas, uns poemas que rimavam “dor com amor”, “cão com mão”, “rua e tua”…quem nunca? Já aos 17 anos, fiz uma prova de acesso à Universidade e só sabia, naquela ocasião, que faria um curso que tivesse a ver com escrita. Decidi pelo jornalismo e trabalhei uns anos na revista Elle mas logo vi que aquilo não era pra mim. Pouco depois, fui chamada pra fazer um programa na RTP onde eu escrevi uma cena de ficção, algo bem curto. Além disso, mais ou menos nesta época, mandei meu currículo pra TVI porque eles estavam a procura de roteiristas e chamaram-me. Foi aí que comecei a me profissionalizar e a escrever novelas.

FP: Como é o mercado de roteiristas de audiovisual aqui em Portugal? Acredito que dificilmente uma pessoa que mande o currículo para uma produtora brasileira ou pra TV Globo seja chamado só pelo currículo…
PM: O mercado é bastante restrito também. Mas veja bem, eu entrei como estagiária. Eu tinha um currículo já nesta época razoável. Em termos de roteiristas e autores, aqui também é muito dificil. Mas eu era estagiária e muita gente começa assim. Eu fui parar num lugar chamado “casa de criação” – mas hoje, infelizmente, não existe mais – dentro da TVI e na altura este sítio era responsável por grandes novelas de sucesso porque formavam os colaboradores dos autores principais.

FP: E qual foi seu primeiro trabalho em TV?
PM: Foi uma adaptação argentina chamada “Último Beijo”. Mas fiquei pouco tempo trabalhando nela porque a revista Elle me chamou pra voltar com outras regalias e eu preferi, na ocasião, voltar. Mas logo me arrependi e vi que não era aquilo que queria. Daí pedi pra voltar pra TVI e acabei entrando no meu primeiro grande projeto, a novela “Morangos com Açúcar” que foi um imenso sucesso por aqui. Eu fiz parte da primeira equipe de roteiristas que escrevia esta novela que passava as 19h. Era tipo “Malhação”. Eu tinha 22 anos, era uma novela escrita por miúdos para miúdos. Esta novela começou a fazer tanto sucesso que passamos a ser exibidos às 21h, horário nobre. Assinávamos como colaboradores, não como autores e foi muito importante profissionalmente pra mim.

FP: Em seus dois livros e a partir do que acabou de me dizer – “você aos 22 anos escrevendo para um público de 22 anos” – quero lhe fazer uma pergunta bastante recorrente. Sua escrita é autobiográfica e eu aqui já parto do princípio que tudo é um pouco autobiográfico já que sempre passa pelo autor…
PM: Claro, senão eu não conseguiria escrever.

FP: Até que ponto você separa aquilo que aconteceu com você que é importante colocar pra fora – até como uma maneira de exorcizar – na boca de seus personagens, daquilo que é uma experiência tão íntima que é só sua e não vale à pena jogar pro universo? E aí eu emendo com outra pergunta: o seu processo criativo de escrita é também um processo de cura?
PM: Claro. É um exorcismo. Não há nada que seja só meu. Não existe nenhum segredo que eu esconda. É tão fácil colocar na boca de outra pessoa. É tão fácil dizer que é ficção e na maior parte das vezes, é. O livro “Uma Senhora Nunca” é inspirado na história da minha bisavó e eu ponho minha bisavó na cama com um enteado e até hoje minha avó diz: “ai se minha mãe soubesse que você a colocou na cama com o Zé Manel”. Zé Manel era o irmão dela. Eu optei em manter os nomes dos mortos e mudar os nomes dos vivos neste romance. Então de fato o Zé Manel que está morto era irmão da minha avó e enteado da minha bisavó mas jamais dormiu com ela. Mas pra minha personagem, a Maria Laura, faria todo sentido ela ter sido amante do enteado, fazia parte da minha literatura. Portanto eu posso me colocar neste papel mesmo nunca tendo um caso com meu enteado.

FP: Isso colocou você numa situação embaraçosa com sua família…
PM: Não porque eu não gosto de falar muito do meu trabalho com minha família. Na verdade eu não gosto de falar muito do meu trabalho. Eu gosto que as pessoas leiam e pensem sobre. Falo sobre isso com pessoas mais distantes porque pessoas que me conhecem e são muito próximas começam a comparar personagem e vida real, a fazer perguntas e aí é um inferno.

FP: A maternidade mudou seu processo de escrita?
PM: Mudou foi minha rotina de escrita. A quantidade de gente que eu tenho a chamar-me de “mãe” neste momento me obriga a ter uma rotina nova, a ter comportamentos mais eficazes, um processo mais rápido. No mais, a maternidade é um assunto muito importante pra mim. Nos meus dois livros eu falo sobre isso. Em “Madre Paula”, a protagonista larga o rei em nome do filho.

FP: Você acha que a mulher é desfavorecida neste mercado literário?
PM: A mulher é desfavorecida em todos os mercados. Claro que eu como mãe tenho uma demanda maior do que a maioria dos pais. Obvio que há homens participativos no dia a dia do lar mas a demanda majoritariamente é feminina. E eu ainda tenho uma questão contra mim: sou um bocadinho chata com organização. Eu prefiro resolver e organizar tudo à minha volta para fazer meu trabalho bem. Minha cabeça já é muito confusa então o ambiente tem que estar organizado. Está provado que as mulheres são mais multifacetadas que os homens. Minha cabeça é ultra repartida e trabalhar em casa com crianças exige de mim muita organização.

FP: Falando em regras, vamos falar do livro “Uma Senhora Nunca” e das quebras de paradigmas. A personagem tem uma certa obsessão em cumprir regras…
PM: Sim, mas coitadinha… Maria Laura foi educada assim. Isso é uma coisa que eu acho engraçada e acho que é complicado pra vocês, brasileiros, entenderam. Nós vivemos na Velha Europa e se formos pensar bem a Maria Laura é a personificação da Velha Europa. E há uma rigidez, em linhas gerais, que vem da monarquia. A quantidade de regras, protocolos, hierarquias, ideias de respeito, ordens, honra, educação, regras, regras e mais regras. É complicado pra vocês entenderam isso porque no Brasil vocês tiveram um período muito pequeno de monarquia. E Portugal viveu muito isso. Estamos a falar de uma personagem que viveu em Portugal e no período do Estado Novo – extrema direita – que foi uma época repleta de regras “de direita”, a questão da subserviência da mulher, da obediencia, hierarquia…Maria Laura foi educada pra ser uma menina, uma “moça de família” no sentido mais retrógrado da expressão. Hoje em dia é muito dificil entender isso. Tanto Maria Laura quanto Paula foram educadas num sistema de regras que são quase contra as leis da natureza.

FP: 1975 tem só 42 anos. Mas pelo seu relato parece que tem, pelo menos, dois séculos. Como vocês conseguiram mudar tanto em tão pouco tempo?
PM: Nos anos 80, as pessoas enlouqueceram.

FP: O mundo todo…
PM: Verdade.

FP: Comparando as mulheres portuguesas com as brasileiras (mesma classe social, idade, etc), acho que nós avançamos um pouco mais do que vocês.
PM: Sim, principalmente na liberdade sexual.

FP: Também, mas em outros aspectos. Acho que somos um pouco menos machistas que vocês, em linhas gerais. Por exemplo, me parece que aqui ainda é muito rígido esta questão de que em determinada idade a mulher precisa estar inserida dentro de uma categoria: casada e com filhos. Estou enganada?
PM: Não. Você tem razão. Aqui, as mulheres entre 35 e 40 anos, por exemplo, entram numa espiral louca pra terem filhos. Mas por outro lado, fui a uma festa infantil há poucos dias e tinham lá dois casais com seus respectivos filhos gerados em barriga de aluguel. Não sei se tem a ver com classe social. O mais importante é o acompanhamento e a educação dada em casa. Em relação às mulheres, eu acho que é uma questão de cabeça. As mulheres adiaram muito a maternidade. E aqui quem tem muitos filhos são ricos. Lá no Brasil quem tem muitos filhos são os pobres. É diferente. Aqui há uma geração de mulheres de 50 anos que são muito ativas, trabalham fora, são mães…

FP: Como está o movimento feminista em Portugal?
PM: Há poucos anos tivemos um desenvolvimento grande. Há uma plataforma muito importante chamada CAPAZES que promove a igualdade dos gêneros. Este movimento começou há uns anos mas hoje têm vários adeptos, vão as escolas, educam os miúdos. As adolescentes estão se conscientizando mais.

FP: Bom, vamos falar de amor. Por que você acha que a narrativa romântica ainda vende tanto?
PM: Porque as mulheres ainda são muito românticas e basicamente são as “gajas” que compram estes livros. Continuamos convencidas com aquela velha ideia do amor romântico. O século XVIII destruiu nossas cabeças.

FP: A Cinderela da Disney bagunçou a cabeça da nossa geração.
PM: Exatamente. Ainda tem isso. Desde o século XVIII estamos lixadas e convencidas de que há só uma tampa pra uma panela. É muito difícil mudar isso. A maioria das miúdas, coitadinhas, ainda pensam assim. Portanto, grandes histórias de amor vendem brutalmente. É algo muito aspiracional. Viver neste mundo é muito difícil seja você rico ou pobre. Ser rico não deve ser ruim, só mais complicado. Ruim é ser pobre. Mas todos sempre temos muitos problemas.

FP: Seus dois livros falam muito de amor, pecado, culpa e religião. Eu costumo dizer que a religião é o maior problema do mundo – e olha que sou católica praticante. Mas acho que todos os problemas macros que temos no mundo tem sempre fundo religioso e isso é um imenso contrassenso. Como você vê esta questão e por que você resolveu falar sobre estes temas, de forma mais abrangente nos seus livros?
PM: O mundo visível, o mundo real é muito insuficiente pros homens. Há um filósofo português, que eu gosto imenso, que se chama Miguel Real que tem um livro muito bom chamado “Nova Teoria do Mal”. Nele, ele diz que depois que satisfazemos nossos instintos mais básicos que são proteção e comida, o homem saiu em busca de outras coisas: poder e conforto. O conforto e o poder trazem ainda outras coisas. O poder traz a supremacia em relação aos outros e o conforto traz, obviamente, o conforto material que já havia sido conquistado na primeira etapa – proteção e comida – e o espiritual. Daí nós, homens, vamos buscá-lo por todo lado. O amor é um conforto e a religião é outro. A religião é uma narrativa. Religião é diferente de igreja. A religião é irracional porque tudo que é construído à volta é uma narrativa. A igreja é feita a escala humana. A ideia de um homem que vem à terra, crença dos cristãos, dos muçulmanos e até dos judeus…a ideia de que existe um salvador é bem parecido com o amor romântico. Nossas cabeças e nossas crenças são iguais. Religião é completamente imutável. Acho que é uma questão de formatação biológica. Daqui a milhões de anos podemos ter outras crenças mas não agora. É como a questão das redes sociais. Eu acho que demos um passo maior que as pernas. Nossas cabeças não têm capacidade para a rapidez das redes sociais e acho que por isso aumentou muito o índice de depressão entre os homens. Aquela ideia estúpida de que a vida do outro é sempre melhor do que a nossa porque afinal postamos fotos sempre alegres mesmo que no fundo estejamos tristes. Há uma dissociação brutal entre nossa rapidez intelectual e nossa rapidez emocional. Se é verdade que intelectualmente estamos atingindo coisas incríveis como, de fato, podemos comprovar: congelar óvulos, fazer carros e aviões, mandar um email, fazer uma ligação e falar com alguém do outro lado do mundo…nossas emoções não estão prontas pra lidar com isso ainda porque de alguma maneira ainda estamos agarrados a coisas muito básicas, a sobrevivência como proteção, conforto, comida e poder. O que acho que a religião fez foi satisfazer a necessidade de conforto emocional já que o conforto prático já estava preenchido, ela preenche uma “falha”…

FP: Você acha que vale a pena se apegar a uma coisa que lhe traz tanta culpa?
PM: A liberdade é muito restrita. É restrita por todos os lados, pelo lado ocidental e pelo lado oriental.

FP: Há uma frase no início do livro “Madre Paula” que diz “o amor não serve se não pode ser vivido por inteiro”. Guimarães Rosa, um dos grandes escritores de língua portuguesa, afirma que “qualquer amor é um pouquinho de saúde, um descanso na loucura”. Como você, Patrícia, encarar esta questão, no trabalho e na vida?
PM: Profissionalmente eu escrevo novela e os folhetins são, basicamente, histórias de amor. Ponto. Não há nada a fazer. Em relação a vida, eu sou bastante um bicho social. Eu gosto muito de pessoas. Eu acredito que o homem nasceu pra viver em grupo. Eu tenho a maior e a melhor relação com a ternura e a empatia. Eu acho que é em comunidade que as pessoas funcionam. Eu compreendo aqueles escritores que preferem se isolar do mundo pra criar sua obra mas não funciona comigo. Acho um disparate precisar me isolar completamente do meu dia a dia pra escrever. O processo de escrever é minha vida, ser mãe e esposa também são minha vida. Eu gosto de gente à volta.

FP: O livro “Uma Senhora Nunca” narra a vida de uma mulher que enlouquece após a Revolução dos Cravos. Hoje é Dia da Liberdade aqui em Portugal. Como esta revolução marcou sua vida a ponto de você incluí-la como um importante rito de passagem no livro?
PM: Na verdade não marca a minha vida mas a da personagem Maria Laura. A revolução foi muito boa pra Portugal. Vivíamos numa ditadura e deixamos de viver. Mas no entanto, toda história tem dois lados e a verdade é que há imensas pessoas que perderam tudo de uma maneira completamente ridícula como aconteceu na maioria das revoluções. E não fala-se disso. No caso da Maria Laura, roubaram-lhe tudo. Ela perdeu tudo. A personagem enlouquece com o trauma, mas na vida real a Maria Laura continua a viver como dá. É um outro lado do relato do 25 de abril porque a Revolução dos Cravos também têm dois lados e este é o nosso mito fundador de Portugal.

FP: Qual conselho você daria pra quem está começando – ou pensando em começar – a escrever?
PM: Acho que só há um conselho: não escreva porque acha que vai chegar em Hollywood porque não vai. Não escreva porque acha que vai sair nas revistas porque não vai. Escreva porque você gosta e por gostar, isso lhe dá conforto.

*Fabiane Pereira é jornalista, pós graduada em “Jornalismo Cultural” e “Formação do Escritor”, mestranda em “Comunicação, Cultura e Tecnologia da Informação” no Instituto Universitário de Lisboa. Curadora do projeto literário “Som & Pausa” e ainda toca vários outros projetos pela sua empresa, a Valentina Comunicação, especializada em projetos musicais e literários. Foi apresentadora do programa Faro MPB na MPB FM por quatro anos e, depois, comandou o boletim “Faro Pelo Mundo” na emissora de rádio carioca.