Fabiane Pereira bate um papo esotérico e cheio de significado com a estrela da astrologia Maína Mello: “O astral de 2017 ainda é bem desafiador”


Na primeira coluna de 2017 – e última deste meu primeiro ciclo na seção Arte & Literatura -, Maína Mello fala sobre autoconhecimento, desejos, metas, compatibilidades astrais, amor, sexo e perspectivas. Divido com vocês este bate papo e aproveito para desejar um ano novo superastral (!) e realmente novo pra todos nós! Evoé!

*Por Fabiane Pereira

Maína Mello é carioca, sagitariana e em 2016 ganhou (ainda mais) prestígio ao lançar o livro “Encontros Astrais” (Editora Fontanar). Popularidade, Maína já tinha conquistado ao lançar seu site, o Mapeando. Conheci Maína por intermédio de uma amiga faz cinco anos e, desde então, me consulto com ela todos os anos (presencialmente ou via skype). Estudiosa e muito didática, suas consultas são verdadeiras aulas astrais.

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Considerada, por parte da imprensa, a “rSusan Miller brasileira”, Maína é uma das astrólogas mais respeitadas do país. Responsável pelo horóscopo diário do jornal “Folha de S. Paulo” , Maína, que é jornalista por formação, aborda em seu primeiro livro o amor e o sexo. Sim, estes dois pilares fundamentais na vida de todos nós são os temas principais de “Encontros Astrais”, um livro dinâmico e super instrutivo que nos ajuda a compreender como os signos interagem entre si. Com uma linguagem acessível e saborosa, Maína fala, no livro, sobre os signos solares, o ascendente, a lua, Vênus, Marte e Lilith. Aliás, conheci Lilith através da Maína. Antes dela, nunca tinha ouvido falar – e olha que faço mapa astral desde que me entendo por gente. E descobrir Lilith mudou toda minha existência.

Na primeira coluna de 2017 – e última deste meu primeiro ciclo na seção Arte & Literatura -, Maína Mello fala sobre autoconhecimento, desejos, metas, compatibilidades astrais, amor, sexo e perspectivas. Divido com vocês este bate papo e aproveito para desejar um ano novo superastral (!) e realmente novo pra todos nós! Evoé!

FP: Como a astrologia entrou na sua vida?
MM: Eu tinha uns sete anos quando a minha madrinha, a astróloga Débora Maína, começou a me ensinar astrologia. Tudo porque eu fiquei muito impressionada com o conhecimento do sistema solar nas aulas de ciência do colégio. Foi a deixa para que ela me iniciasse no simbolismo astrológico. E eu nunca mais parei de estudar, com ela, com outros mestres, fazendo minhas próprias pesquisas.

FP: Qual foi o momento em que você decidiu largar sua carreira de jornalista e investir no seu desejo/chamado de ser astróloga?
MM: Como muitos jovens, eu também tive dúvidas sobre minha carreira quando terminei o colégio. Havia uma certa pressão familiar por uma escolha profissional que fosse “segura”, sim. Minha própria madrinha era funcionária pública e dava consultas astrológicas fora do expediente. Como escrever sempre foi muito natural para mim, a faculdade de Comunicação foi a melhor opção. Foi um curso que adorei fazer, onde adquiri uma cultura geral significativa, namorei, fiz grandes amigos. Mas depois de formada, ainda tentei trabalhar como jornalista e não me identificava. Nisso eu também já estava fazendo mapas fora do expediente, risos! Estudei seriamente astrologia junto com o jornalismo, fui aluna de grandes astrólogos. Lá pelos 25 anos eu decidi que a astrologia seria a minha carreira e que eu faria dar certo.

FP: Estamos no início do ano e os desejos/metas são sempre pensados nesta época. Qual conselho você daria praquelas pessoas que estão há anos protelando seus desejos mais intrínsecos?
MM: Autoconhecimento é fundamental pra gente fazer escolhas. A astrologia é de grande ajuda na orientação vocacional, ela pode apontar um caminho. Às vezes a pessoa precisa fazer o mapa astral para ter certeza de que não está delirando no seu desejo de trabalho. Então em primeiro lugar eu diria que a pessoa tem que buscar o autoconhecimento para fazer uma escolha consciente. E uma vez tomada uma decisão, tem que perseverar!

FP: Conjunções astrais coletivas influenciam muito a vida pessoal de cada um ou elas só ajudam/atrapalham no macro?
MM: O céu é o mesmo para todos, mas o movimento dos astros pode sintonizar aspectos específicos do mapa de cada um. Todos experimentamos juntos uma conjuntura astral, mas cada um ao seu modo.

FP: De uns anos pra cá, percebo que a procura por mapa astral e auxílio espiritual aumentou muitíssimo. Isso procede? A que você atribui este aumento?
MM: A astrologia se popularizou muito nas duas últimas décadas. Lembro dos meus primeiros anos de estudo, ainda menina, como eu era diferentona por conhecer os astros! E de como hoje esse conhecimento é acessível. Quem promoveu a astrologia foi a internet. Mas isso era previsto, esse conhecimento chegaria ao grande público a partir dos anos 2000, na Era de Aquário, quando muitos outros saberes ocultos também estão sendo revelados.

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FP: Em 2016, você lançou o livro “Encontros Astrais”. Conta pra gente como foi seu processo de produção literária? E por que escrever sobre o erotismo dos signos?
MM: Eu já recebia propostas de editoras para publicar um livro de astrologia há um tempo, mas ainda não sentia firmeza, pois não tinha definido o tema. Acho que não era a hora mesmo. Mas em determinado momento deu esse clique, que eu tinha que escrever sobre relacionamentos, até porque o erotismo dos astros era o que mais me excitava no meu trabalho! Isso desde que Lilith, a Lua Negra, esse ponto do céu que representa a nossa libido, entrou na minha vida. Eu só pensava em amor e sexo!

FP: Sei que há signos complementares e, neste caso, a probabilidade da relação afetiva ser bacana é grande. Há também signos completamente opostos? Ou seja, dificilmente uma pessoa do signo X será feliz (pessoal e/ou profissionalmente) com o signo Y…ou sempre vai depender da conjunção do mapa inteira?
MM: Digo isso no meu livro, que são diversos aspectos além do signo solar que tratam do seu modo de desejar, se emocionar, conquistar e se envolver, e que é a partir dessa essência que pode rolar o encontro com o ser amado. Nos signos complementares, por exemplo, pode haver união ou oposição. Depende de como os ascendentes, as Vênus, Martes e Liliths dos envolvidos vão interagir nessa relação também. O mapa astral como um todo pode, sim, ter mais sintonia com um perfil do que com outros. Se você é uma pessoa que precisa confiar para se entregar, dificilmente vai dar certo com quem se excita em ter parceiros variados.

FP: As características do signo/ascendente/lua de uma pessoa muda em relação ao modo como esta pessoa se relaciona no pessoal e no profissional? Por quê?
MM: Você é um ser inteiro, com Sol, ascendente, Lua, Vênus etc – você é um universo particular. Cada aspecto do seu mapa astral tem expressão em todas as áreas da sua vida. Mesmo esses aspectos que eu apresentei no meu livro “Encontros Astrais” como essenciais ao relacionamento também se expressam como talentos profissionais. O Sol é a sua maneira de ser e estar no mundo, Vênus é inspiração e também trata dos seus valores, quem sugere como você lida com dinheiro, Marte é um conquistador também na carreira, o seu modus operandi no cotidiano, e por aí vai.

FP: Astrologicamente, 2017 será mais fácil ou mais difícil que 2016? (tô quase pedindo pra você me enganar…rs!)
MM: O astral de 2017 ainda é bem desafiador. Estamos nessa transição entre tempos, vivendo um conflito entre tradição e modernidade, entre conservar e atualizar. Há muita resistência ao novo, mas também há muita utopia, autoengano sobre o que seria o futuro, falta de autoconhecimento mesmo. Para evoluir temos que conhecer nossas sombras, elas estão bem evidentes. Em 2017 seguimos na busca pelo caminho, refletindo sobre erros e acertos, aprendendo, ressignificando, lutando por justiça. Precisamos sair do egoísmo para o altruísmo, mas sem perder nossa individualidade, aquilo que nos torna únicos e especiais.

FP: Há algum signo que vai brilhar mais em 2017? Qual e por quê?
MM: Não há um signo que vá brilhar mais, cada signo tem suas bênçãos e desafios. Saturno está em Sagitário, dando trabalho para os nativos, mas também possibilitando as mais verdadeiras realizações. Gêmeos ainda está lidando com a oposição de Saturno para amadurecer um pouquinho, mas no próximo ano eles poderão evoluir bastante, novas ideias à vista. Júpiter é sorte e abertura de caminhos para os librianos, mas mesmo estes têm que se ligar nos excessos e nas faltas, nada está ganho. É o último ano do ciclo de eclipses em Virgem-Peixes que tanto remexeu com a vida deles, agora eles se realinham segundo sua verdade. E começa o ciclo de eclipses em Leão-Aquário, para sacudir o eixo do ego x coletivo dessa galera até que se reinventem. Urano em Áries segue impulsionando revoluções pessoais, mas arianos têm Júpiter para equilibrar os relacionamentos. Touro e Escorpião terão grandes mudanças no lar e na carreira, se reposicionando no mundo. Câncer tem Júpiter em casa, gostosinho para o amor, mas um cotidiano mais trabalhoso mesmo, aquele esforço para fazer tudo funcionar. E Capricórnio segue na lição espiritual, sobre o sentido da vida, os valores que valem a pena e a necessidade de se renovar.

FP: Qual conselho você nos dá para começarmos 2017 com o pé direito e seguirmos firmes até o próximo dia 31 de dezembro?
MM: Não queiram controlar o destino, se abram às inspirações cósmicas e tudo fluirá melhor! Amor e luz estão no céu, na Terra e dentro de nós <3

*Fabiane Pereira é jornalista, pós graduada em “Jornalismo Cultural” e “Formação do Escritor”, mestranda em “Comunicação, Cultura e Tecnologia da Informação” no Instituto Universitário de Lisboa. Curadora do projeto literário “Som & Pausa” e ainda toca vários outros projetos pela sua empresa, a Valentina Comunicação, especializada em projetos musicais e literários. Foi apresentadora do programa Faro MPB na MPB FM por quatro anos e atualmente comanda o boletim “Faro Pelo Mundo” na emissora de rádio carioca.